O Jogo

Uma tarde de dissabores

ATADOS O Tondela viu-se reduzido a dez muito cedo, ficou em desvantage­m, mas chegou ao empate e segurou-o até ao fim perante um Gil Vicente que poderia ter feito melhor

- OLGA COSTA

O guarda-redes Niasse viu vermelho direto aos 12’, mas Trigueira cumpriu a missão. Samuel Lino viu o VAR invalidar-lhe um golo (que seria o segundo dos gilistas) por apenas três centímetro­s

A partida entre Gil Vicente e Tondela ainda mal tinha aquecido e estava já condiciona­da. O Tondela perdeu um elemento quando o primeiro quarto de hora ainda não tinha sido jogado: o guarda-redes Niasse viu vermelho direto depois de uma placagem violenta a Antoine Léautey, fora da área. A equipa visitante viuse forçada a sacrificar um jogador e calhou a fava ao avançado Rúben Fonseca. O ataque acabou, inevitavel­mente, limitado e, porque não mesmo admiti-lo, relegado para segundo plano. Pelo menos assim parecia. Mas nem tudo é o que parece.

O Gil Vicente assumiu o jogo e acabou por ser recompensa­do com um golo de Samuel Lino, ele que é o responsáve­l, até agora, pelos únicos golos do emblema minhoto; aos 25’, após um mau alívio de Jota, o avançado recebeu de peito e meteu rasteiro por baixo de Trigueira. O Tondela procurava responder em contra-ataque, mas o guarda-redes Denis praticamen­te não foi incomodado.

Na segunda parte, três centímetro­s impediram o segundo golo de Lino: o VAR invalidou o bis por fora de jogo. Do outro lado, a surpresa, e a sorte!

Filipe Ferreira queria cruzar, mas o resultado saiu melhor: a bola bateu no segundo poste e traiu o guardião da casa. À medida que a partida avançava, o Gil Vicente procurava os três pontos, mas a finalizaçã­o foi um verdadeiro quebra-cabeças, a juntar a uma pontaria traída pelos nervos e um Trigueira à altura. O Tondela, com menos um, procurava segurar o resultado e Denis voltava a ter pouco com que se aquecer numa tarde fria de outono.

O técnico Rui Almeida dissera na antevisão que se o Gil Vicente não conseguiss­e vencer, que não fosse por culpa própria, mas pela qualidade do adversário. Ontem, a qualidade foi substituíd­a pela pontinha de sorte.

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João Mendes (à esquerda) disputa a bola com Lucas Mineiro

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