Oliveira sofreu uma desilusão
Português vai largar da 18.ª posição, a sua pior da época, para o GP de Aragão, sentindo falta de tração
Miguel Oliveira esteve a uma décima de segundo de passar direto à qualificação dos melhores, mas depois voltou a sentir problemas de tração na KTM e a escolha de pneus está a revelar-se um pesadelo
Enquanto Fabio Quartararo festejava a décima pole position da sua curta carreira – mesmo depois de ter sofrido uma queda dolorosa na terceira sessão – e provava estarem as Yamaha mais rápidas para o Grande Prémio de Aragão (14h00, Sport TV1), Miguel Oliveira já tinha o dia terminado e com forte desilusão. O português fora 18.º na qualificação, o seu pior desempenho em treinos numa época em que já esteve seis vezes na sessão dos 12 melhores e tinha o 17.º posto na grelha da primeira corrida como resultado mais fraco. Como dessa vez, em Jerez, recuperou até oitavo no domingo, fica essa esperança.
“Estou muito desiludido. Ficámos muito aquém das nossas possibilidades e longe do objetivo”, desabafou o português da KTM Tech3 no Motorland de Aragão, ele que sabia ter ficado perto de fazer bem melhor. “Fomos mais rápidos de manhã, em condições mais difíceis”, disse, referindo-se ao nono lugar no terceiro treino livre, que o deixou como 11.º do combinado, a 101 milésimas de um lugar na qualificação
Miguel Oliveira precisa de fazer grande recuperação dos dez melhores.
“Qualificar tão atrás é duro. Mas a equipa tem tempo para analisar e tentar retificar para a corrida, de forma a poder fazer uma boa recuperação”, comentou, sabendo que os seus técnicos iam analisar os dados de todas as KTM para perceber “o principal problema, que é de tração”. Escolher os pneus para hoje não será simples, mas “as condições da pista e a temperatura do asfalto no início da corrida” vão ajudar a decidir. Com Pol Espargaró como melhor e na 12.ª posição, a verdade é que as KTM parecem não estar bem em Aragão.