O Jogo

Rúben Amorim “Dualidade de critérios teve influência”

O treinador do Sporting foi expulso, viu a segunda parte na bancada, e no fim, apesar do “mea culpa” pelo que disse ao árbitro, expressou a sua indignação

- RAFAEL TOUCEDO

Para o jovem técnico dos leões o empate sabe a pouco. O sentimento de revolta pela atuação da arbitragem contrastou com o de orgulho na exibição, garra e vontade dos seus jogadores

Rúben Amorim foi expulso nos descontos da primeira parte, após o árbitro reverter o penálti a favor dos leões e o vermelho a Zaidu, e a revolta que sentiu nesse momento ainda estava patente quando o treinador leonino se apresentou à frente dos jornalista­s na sala de Imprensa, no final do encontro. Para Amorim, a dualidade de critérios do árbitro marcou a partida.

“A análise ao jogo passa por muito por pela dualidade de critérios. Faço ‘mea culpa’ porque não devia ter dito o que disse. Assisto todas as semanas a isso, e no momento antes ouviu-se pior de outro sítio”, atirou, em alusão a palavras do banco de suplentes portista que não tiveram o mesmo castigo. “Fiquei revoltado com a dualidade de critérios. Mas claro, os treinadore­s não podem falar assim com os árbitros e aceito o castigo ou punição, já estou habituado também... Sempre a aprender e sempre a crescer”, juntou, com sarcasmo.

“Claro que a arbitragem teve influência. Paramimépe­nál ti eé óbvio. Temos tido azar. Na época passada em Moreira de Cónegos aos 90 e tal, Seba [Coates] foi agarrado e não há nada. Agora tem o braço nas costas. É penálti, fiquei revoltado e teve influência no jogo. O jogo foi sempre nosso e os jogadores estão de parabéns. Zaidu devia ter sido expulso? Já falamos disso, não vamos bater na mesma tecla. Devia ter sido expulso no lance do penál ti. Quero realçar o querer e vontade dos meus jogadores”, prosseguiu o técnico, que acabou por ver a segunda parte na bancada, acompanhad­o pelo adjunto Adélio Cândido.

Sobre o jogo em si, viu um leão dominador e merecedor de um resultado melhor: “O Sporting foi a melhor equipa, quis sempre ganhar. Devíamos ter ganho, tivemos oportunida­des para isso. Em momentos estava claro onde estava o espaço e não conseguimo­s tirar partido. Fomos uma equipa de leões, deram tudo. Estou muito orgulhoso. Foi um empate e perdemos dois pontos.”

O técnico do FC Porto, Sérgio Conceição, tinha referido instantes antes que o resultado foi bom para o Sporting, palavras que não caíram bem. “Podemos dizer o que entendemos e o mister Conceição entendeu dessa maneira. É ver o que o Sporting fez na segunda parte e o que o FC Porto não conseguiu fazer. A resposta está em olhar para o jogo e não para o que as pessoas dizem. Parabéns a eles, nós perdemos dois pontos. Senti o grupo desiludido no final.” Amorim defendeu as suas escolhas, os posicionam­entos e o ‘timing’ das trocas: “Ninguém estava perdido e as trocas não foram tardias.”

Amorim disse estar tranquilo à espera de qualquer castigo. “Já estou habituado”, atirou, ironicamen­te “Faço ‘mea culpa’ porque não devia ter dito o que disse. No momento antes ouviu-se pior de outro sítio” “Fiquei revoltado. Aceito o castigo ou punição, não podemos falar assim. Estou sempre a aprender e a crescer” “Para mim é penálti, tem o braço nas costas, e o Zaidu devia ter sido expulso. E é óbvio” “O jogo foi sempre nosso e os jogadores estão de parabéns. Fomos a melhor equipa, devíamos ter ganho” “Conceição viu assim. Mas é ver o jogo e não o que se diz. Parabéns a eles, nós perdemos dois pontos” “O Sporting não deixou de ser o Sporting. Estou confortáve­l, sei que é um clube de exigência máxima”

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Rúben Amorim foi expulso no final da primeira parte, após protestar com a equipa de arbitragem

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