ENTRADAS A RASGAR
ÁGUIAS E GUERREIROS ARRANCAM COM GOLEADAS NA LIGA EUROPA
Jorge Jesus: “Infelizmente para mim, vou perder Darwin Núñez daqui a pouco tempo” Carlos Carvalhal: “Fizemos um jogo poderoso, contra adversário muito forte”
Num ritmo emotivo, imprevisível e sem descanso para qualquer dos lados, o Benfica saiu por cima naquela que quer como primeira visita à Polónia. Mas até Gdansk faltam 13 “estações”...
De olho na final de Gdansk para a qual, na melhor perspetiva, faltam mais 13 batalhas, Jorge Jesus saiu satisfeito da que quer como primeira visita a Polónia. Porém, o Benfica sofreu sobressaltos e andou por montanhas e vales, ao contrário do que pode sugerir o resultado. Darwin estreouse – e em grande – a faturar de águia ao peito, anotando um hat-trick e denotando um rasgo que fizeram a diferença perante um Lech que foi uma autêntica enxaqueca para a última linha da formação portuguesa.
O Benfica surgiu na máxima força frente a um Lech com alguns jovens valores, mas sem o favoritismo e em busca da surpresa. Os encarnados começaram em força, ameaçando sobre a projeção da área polaca. Contudo, o Lech logo ganhou terreno e Moder fez três remates em poucos minutos. Com o jogo sem estrutura, o Benfica ganhou uma grande penalidade e Pizzi fez o resto: Benfica em vantagem aos 9’. A equipa de leste preferiu então explorar as costas da defesa encarnada para responder, estratégia que teve resultados: aos 15’ o lateral Czerwinski aproveitou o adiantamento alheio, explodiu pela direita e deu a Ishak, que igualou.
Sempre que tinha espaço, o Lech tirava proveito da sua estatura e das bolas paradas, nas quais o rematador Moder arrepiava, acertando até no ferro. Com pouca disputa a meio campo e o desafio jogado na projeção das balizas, o Benfica não acusava dificuldades em acercar-se do último terço, de entrar na área oposta... e o Lech Poznan também. Sem manietar a oposição, a formação de JJ passou, contudo, largos períodos por cima e antes do descanso fez valer os seus mecanismos oleados e a sua qualidade técnica. Numa jogada tão vistosa quanto simples, a estreia a faturar de Darwin devolveu a vantagem.
O embate não mudou na etapa segunda: aberto e com chances para todos. O Benfica foi para cima, rondou o 1-3..., mas (já não era surpresa...) sofreu o empate logo na primeira resposta do Lech. Sempre em tom dividido, Darwin voltou a puxar dos galões após nova combinação de alto calibre da ofensiva encarnada, para devolver a vantagem no marcador. Logo após o 2-3, JJ mexeu a ore tirar Waldschmidt e Taarabt, lançando Pedrinho e Weigl – a tentativa passava por dar menos aventura e maiorcon tenção nos etor caixa em anexo ), sem perder rasgo na frente.
Pela segunda vez por baixo no marcador, o Lech não desistiu, forçando cautelas do Benfica. Todavia, jamais as águias tiveram descanso, sendo mesmo sufocadas por alturas do último quarto de hora de jogo. Muito descompensado na zona central e sem mão no encontro, os lisboetas sofreram sobretudo quando o Lech refrescou na frente, retirando Ishak e colocando Kacharava, que colocou a defensiva portuguesa a caminhar sob gelo fino. Muito a custo, o Benfica respondeu. Agora definitivamente conservador, JJ, que já tinha alterado na lateral-esquerda, trocou um atacante (Everton) por um central (Jardel) e assim meteu trancas à porta.
Para não destoar, nova resposta inspirada do Benfica, com Darwin em grande, coroou a vitória (que parece) folgada. O rasgo encarnado falou mais alto.