O Jogo

DÍAZ DEIXA MARCA E CUMPRE PROMESSA

Manuel Díaz, pai do avançado “Disse que, quando jogasse em Inglaterra, ia marcar”

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Arrancada imparável com o Man. City colocou-o nas televisões, nos sites dos jornais e no radar de vários clubes europeus, mas os dragões prenderam o ala a um contrato até 2024 e uma cláusula de 80M€

••• A estreia na fase de grupos da maior competição de clubes do planeta, o poderio do adversário ou a pressão do momento não foram suficiente­s para intimidar Luis Díaz, que deixou a sua marca num dos principais palcos do futebol europeu atual com um golo ao bom estilo “maradonian­o” e, com isso, começou a cumprir uma promessa que havia feito ao pai quando deixou a Colômbia. A arrancada imparável até à área do Manchester City, que começou quase no meio-campo, deixou três defesas pelo caminho e terminou com um remate cruzado indefensáv­el para Ederson, correu o mundo num abrir e fechar de olhos, à boleia das televisões e das redes sociais, e fez Manuel Díaz lembrar-se do que lhe “Lucho” lhe havia dito. “Desde pequenino que o so

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“É uma ação que tem bem enraizada. Não é um golo de improviso; é de trabalho”

Manuel Díaz

Pai de Luis Díaz

nho do Luis era jogar no futebol europeu e na Liga dos Campeões e, quando falávamos, ele dizia sempre que o ia cumprir e que, quando jogasse em Inglaterra, que ia fazer um golo. E a verdade é que conseguiu”, constata o progenitor, em conversa com O JOGO. “Ele disse sempre que um dia ia fazer golos nos maiores estádios de Inglaterra, de Espanha e de Itália, porque o Messi e o Cristiano [Ronaldo] também tinham marcado”, explica. O Estádio Etihad, em Manchester, onde o argentino marcou por duas vezes e o português uma ao longo das respetivas carreiras, ficou arrumado na quarta-feira.

Manuel Díaz confessa que não acompanhou o jogo com o City até ao fim, por se encontrar em viagem, estava em frente à televisão quando Luis assinou o golo que a crítica internacio­nal elogiou nas horas seguintes. Um lance em que, para o progenitor, “El Guajiro” mostrou “toda a sua mestria e talento”. “Só ele [Luis Díaz], com a sua velocidade, capacidade de drible, destreza e técnica poderia conseguir aquilo”, sublinha o patriarca da família Díaz, que foi o primeiro treinador do extremo do FC Porto e o viu a trabalhar vezes sem conta este tipo de lances. “Este é o seu golo de sempre. É uma ação que ele trabalhou muito e que tem bem enraizado na mente. Não é um golo de improviso; é de trabalho”, afiança.

Num dia tão marcante para a carreira de Luis Díaz, a conversa entre pai e filho não podia faltar. E aconteceu quando o internacio­nal colombiano ainda se encontrava em Inglaterra. “Falámos um pouco à noite, quando ele estava prestes a apanhar o voo de regresso a Portugal, e ele estava relaxado, emocionado e satisfeito com o trabalho que tinha feito”, conta Manuel, consciente de que o golo e a exibição com o City colocaram o internacio­nal “cafetero” no radar de vários clubes. O futuro a curto prazo, porém, está mais do que definido. “Vai continuar com o FC Porto”, atira o progenitor, até porque os portistas têm o extremo de 23 anos preso a um contrato válido até 30 de junho de 2024 e a uma cláusula de rescisão que, como O JOGO já adiantou, está fixada nos 80 milhões de euros. Mas será suficiente para afastar os tubarões se “Lucho” continuar a marcar desta forma? Logo se verá...

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