UM ÊXITO AGRIDOCE
Um golo no último segundo permitiu ao FC Porto pontuar em casa do campeão europeu, mas o triunfo esteve na mão bem perto do fim
Trazer um ponto de casa do campeão europeu é sempre positivo, mas o empate a 25 golos em Skopje, na visita ao Vardar – onde os dragões perderam na edição anterior –, não satisfez a uma equipa que entrou nos últimos cinco minutos a vencer por dois golos (22-24) e com posse de bola. O jogo podia ter sido liquidado, não fossem três ataques falhados. Valeu uma recarga de António Areia no último segundo, que bateu, de forma fortuita, Borko Ristovski, e acabou por dar um prémio à exibição portista.
O equilíbrio foi uma constante do jogo, com exceção de uma fase a meio do primeiro tempo, quando o FC Porto utilizou pela primeira vez o 7x6, virou o marcador, fez um parcial de cinco golos e se colocou a vencer, por quatro golos (4-8), a sua maior vantagem. Sem poder contar com os dois centrais habituais – Rui Silva está lesionado e Miguel Martins pouco jogou – a primeira linha portista teve de improvisar e para isso muito contou a classe de Fábio Magalhães.
O Vardar retificou processos, aproveitou algumas perdas de bola – o guarda-redes Borko Ristovksi a fazer quatro golos baliza a baliza, devido à ausência entre os postes de Nikola Mitrevski – e passou a comandar mesmo sobre o intervalo.
O FC Porto manteve sempre o jogo em aberto e passou de novo para a frente à entrada dos 10 minutos finais (21-22), Depois, com a calma que lhe viria a faltar na fase derradeira, encontrou-se a ganhar por dois e com posse de bola a três minutos do apito final, tendo tudo para matar o jogo, mas a equipamacedóniaanuloutrês ataques do FC Porto e marcou três golos, voltando a estar no comando a meio minuto do fim. A recuperação de bola de Areia – após um remate falhado – permitiu o empate e deu justiça ao resultado final.
“Merecemos vencer, mas perdemos demasiadas oportunidades e acabámos por ter de marcar nos segundos finais para empatar”, resumiu um pouco satisfeito Magnus Andersson.