Três em casa por precaução
livres para defrontar o Farense Taremi e Otávio
As diferenças corroboram uma exibição na qual o brasileiro apareceu mais solto no ataque, sem negligenciar a defesa. O compromisso agradou e a saída nesta fase não se coloca.
Se o jogo de estreia, com o Sporting, não foi o melhor início para Felipe Anderson, o reencontro com os leões, anteontem, mostrou um jogador disposto a conquistar umaespéciedesegundaoportunidade no FC Porto. Ou, pelo menos, a fazer por isso. A saída até parecia provável há umas semanas, mas o despertar do brasileiro não poderia vir em melhor altura. Foi o sexto desafio do extremo emprestado pelo West Ham e O JOGO comparou as médias por 90’ dos cinco primeiros encontros com aquilo que o brasileiro fez na meia-final da Taça da Liga. Como se pode ver na infografia em cima, mesmo sem números esmagadores, o desempenho de Anderson na última partida foi globalmente melhor, com o brasileiro mais interventivo.
Na primeira vez em que esteve em campo do primeiro ao último minuto, o camisola 28 subiu em praticamente todos os índices ofensivos, sem deixar de dizer presente nas tarefas sem bola. Aliás, o lance mais impactante foi mesmo aquela corrida a alta velocidade, quase de uma área à outra, a tempo de impedir que Nuno Santos rematasse para uma baliza deserta. O tipo de compromisso e atitude competitiva que Sérgio Conceição tanto valoriza – por mais que uma vez, nos últimos tempos, afirmou que “vir para trás a andar só quando se festeja um golo”. E se é certo que Felipe Anderson não teve tanta eficácia na globalidade dos duelos defensivos, não deixa de ser considerável o número (10) e a subida nas recuperações de bola. Além disso, oito desses roubos de bola ocorreram no meiocampo do Sporting. Ao nível, também, da pressão que o treinador exige e, na época passada, por exemplo, fez do FC Porto a equipa europeia que mais rapidamente recuperava a bola.
Como já dissemos, o internacional brasileiro mostrou-se mais ao jogo e isso transparece na estatística. A jogar desde a esquerda, posição que lhe é mais natural, Felipe arriscou mais no drible e nas corridas progressivas (movimentos que aproximam a equipa da área adversária), aspetos nos quais se destacava em Itália e em Inglaterra. E é também por aqui que se explica a pequena subida nas perdas de bola: naturalmente, maior o risco, maior a probabilidade de erro. Ainda assim, Felipe, que somou mais toques de bola na área, acabou por melhorar a eficácia nos duelos ofensivos, mas ainda lhe falta o remate – ver caixa.
Mercado e covid-19: contexto mudou depressa
Como escrevemos no início, a saída de Felipe Anderson começava a desenhar-se há umas semanas, mas o cenário mudou e, neste momento, não é algo que faça senti
Felipe Anderson fez um jogo completo pela primeira vez e espreita nova titularidade na visita ao Farense
do. Nakajima foi para o Al Ain e a contratação de Pepê não se vai consumar de imediato, ou pelo menos nesta janela de mercado. Entretanto, a covid-19 entrou em força no plantel do FC Porto e mostrou como, num ápice e com impacto por mais do que um jogo, fica desfeito um onze base.
Portanto, renasce a expectativa em torno de Felipe Anderson, que estava bem alta quando foi contratado, por empréstimo do West Ham, que o pretende valorizar e equacionou encontrar
Compromisso: cavalgada para impedir o golo de Nuno Santos impressionou
Vagas: Sem Naka e Pepê (para já) e com a ameaça da covid-19, saída não se coloca
lhe um novo clube. Para já, segue-se a deslocação do FC Porto a Faro, numa partida que ainda não terá Luis Díaz disponível, mas que terá Otávio, se se confirmar o período mínimo de isolamento ditado pela covid-19 e, claro, se o brasileiro estiver nas condições físicas desejáveis. Este regresso até poderá remeter Anderson ao banco, mas se o camisola 25 ocupar o meio-campo, que também enfrenta problemas, então é bem possível que Felipe possa ter sequência na titularidade.