O Jogo

“GANHAR PELO GRUPO”

Repetente na final da Taça da Liga, Rúben Amorim revelou que, desta feita, não está preocupado com a sua confirmaçã­o como técnico, mas sim no prémio para uns leões laboriosos

- DUARTE TORNESI

Sacudindo a pressão para o lado dos minhotos, apontando a maior experiênci­a destes “nestas andanças”, o comandante aposta na irreverênc­ia da sua jovem equipa para trazer o troféu para casa

Para o campeonato, o Sporting bateu o Braga (2-1), mas Rúben Amorim espera um jogo diferente e com uma exibição ainda mais consistent­e da sua equipa em relação à rubricada em Alvalade.

Espera um jogo diferente em comparação com o do campeonato?

— As equipas conhecem-se melhor porque já se defrontara­m. O Braga deve jogar com centrais diferentes, mas as ideias não têm mudado consoante os jogadores e as equipas têm-se mantido fortes. Acredito que vai ser um jogo competitiv­o. Cada jogo tem a sua história e um golo cedo pode mudar tudo. Temos de olhar para o jogo de Alvalade e ver como podemos jogar melhor contra o Braga. Temos que nos focar naquilo que controlamo­s.

Um ano depois regressa à final da Taça da Liga. O que mudou de lá para cá?

— São momentos diferentes. No Braga tinha iniciado a carreira e havia pressão de vencer a última edição em casa. Aqui a pressão é diferente. Tenho um grupo ambicioso, mas jovem e inexperien­te nestas andanças. Não é normal ver um clube grande com menos experiênci­a em relação à outra equipa. Temos um peso institucio­nal forte, mas em termos de grupo ainda estamos aquém dessa história. Desta vez, estou mais preocupado com os meus jogadores do que com a minha confirmaçã­o. Quero mais que eles ganhem do que eu, porque são muito trabalhado­res.

Tem falado muito da sua “estrelinha”. Acredita que esta pode fazer a diferença na final?

—Tenho confiança no meu trabalho e falo em estrelinha porque acho que a sorte tem parte importante na vida de treinador, não me preocupa que digam que por vezes é sorte. Quanto mais falo, mais tenho, por isso aproveito para falar. Não tem a ver com autoconfia­nça ou soberba.

O Sporting tem marcado muitos golos nos minutos finais dos jogos. Há aqui “dedo” da equipa técnica?

—O mérito é dos jogadores, que acreditam até ao último momento. Eles são muito irreverent­es e não é nada trabalhado­pelaequipa­técnica,porque se dependesse de nós marcávamos logo a abrir. Felizmente temos, no Sporting, jogadores que em 10 ou 20 minutos dão tudo para mostrarem que podem ser titulares no próximo jogo.

Como encarou a ausência de festejos de Jovane após os golos ao FC Porto? —Compreendo que não tenha festejado. O ano passado foi prepondera­nte, mas ele tem sofrido com muitas lesões e é normal que sinta isso. É um miúdo muito sensível e achei normalíssi­mo. Gostei do apoio dos colegas, mas não damos benesses, o que damos é oportunida­de. Se Deus quiser terá uma grande carreira. Ele estava muito feliz da vida. Há uns atletas mais efusivos, mas há outros mais contidos.

Tiago Martins já foi muito criticado esta época pelo Sporting. Está preocupado após este ter sido nomeado para a final?

—Nada preocupado. Fizemos as críticas na altura, mas é um jogo novo e estou focado naquilo que podemos fazer melhor e trazer a taça para casa.

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Rúben Amorim acha que tem uma “estrelinha” capaz de ajudar a decidir jogos previsivel­mente complicado­s

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