Quaresma: “Não me sinto o velho da equipa”
Destaca os “bons miúdos” com vontade de aprender no balneário do Vitória
Por entre elogios aos companheiros, o extremo falou em “felicidade” a respeito do golo apontado na última vitória, num remate de trivela, e vincou que a equipa evoluiu muito nos últimos meses
A idade (37 anos) é tudo menos um peso para Ricardo Quaresma. As assistências, fintas e até golos de levantar estádios, como se viu na partida com o Nacional, sucedemse e o extremo não quer ficar por aqui. “É sempre importante marcar, mas ainda mais quando conseguimos ajudar a equipa a vencer. É isso que me deixa feliz: ajudar o meu clube, a minha equipa, a conquistar os nossos objetivos. Quando recebi a bola, pensei em vir para dentro e fazer uma tabela com o Sacko. Depois tive a felicidade de a bola ficar ali e só pensei em rematar à baliza e fui feliz”, recordou, em declarações à comunicação do clube,dizendo-seencantadocom o plantel que encontrou no V. Guimarães. “Dou-me bem com toda a gente. Temos um grupo fantástico, um grupo jovem, mas com bons miúdos, jovens que querem aprender e que têm qualidade. Sinceramente, não me sinto aquele velho que as pessoas dizem no meio deles. Gosto de brincar, gosto de lhes dar essa confiança de poderem partilhar algumas brincadeiras comigo e esse espírito de grupo refletese
“É normal que me conheçam melhor agora, eu também os conheço melhor. Isto é uma equipa e, quando ela está bem, as individualidades sobressaem”
Ricardo Quaresma Extremo do V. Guimarães
dentro de campo”, referiu.
A curiosa dança que protagonizou nos festejos do golo que apontou (de trivela) à equipa madeirense não foi, então, por acaso. “O Sacko está sempre a fazer essa dança no balneário e disse-lhe que, num dia em que marcasse, iria dançar com ele”, explicou o internacional português, dando ainda conta de um bom entendimento com os pontas de lança dos vimaranenses. “É bom termos avançados como o Estupiñán. Tanto o Óscar, o Bruno Duarte, o Foster e o Noah são jogadores que aparecem bem na área e eu como extremo só tenho de fazer o meu trabalho, que é cruzar e ajudá-los a fazer golos para ajudar a equipa. Temos evoluído muito ao longo destes meses. É normal que me conheçam melhor agora, eu também os conheço melhor. Isto é uma equipa e, quando ela está bem, as individualidades sobressaem. Jogar na esquerda ou na direita não faz grande diferença para mim e para o Edwards, por isso não há grande problema”, comentou. Com um jogo ainda em atraso, frente ao Farense, o Vitória está agora a apenas dois pontos do quinto lugar e Quaresma garante que a equipa avançará ambiciosa para Famalicão. “O Vitória tem de entrar nos jogos sempre para ganhar, é esse o pensamento”, assumiu.