O Jogo

COVID SECOU DARWIN

Marcava um golo a cada 164 minutos e esticou a média para os 325

- MARCO GONÇALVES

// Gedson prefere Torino à Luz

Antes de ter testado positivo, contabiliz­ava cinco tentos em 11 jogos. Desde que voltou, acertou por cinco vezes nos ferros, e em quatro delas podia ter ajudado a melhorar o resultado da equipa

Em branco nos últimos três jogos, Darwin tem sentido dificuldad­e para encontrar o caminho das balizas adversária­s depois de ter recuperado da covid-19. Nos derradeiro­s dois desafios, o ponta de lança também esbarrou nos postes, levando a que nos 12 jogos realizados após superar a doença tenha marcado apenas três golos. Contra cinco nos 11 desafios antes de ter sido infetado.

Com oito tentos no total em 2020/21, aos quais acrescenta outras tantas assistênci­as, o internacio­nal uruguaio, que custou 24 milhões de euros, passou de uma média de um golo a cada 164 minutos antes de ter testado positivo ao novo coronavíru­s para um golo a cada 325’ no pós-covid. Depois de ter faturado logo no regresso, frente ao Lech Poznan (4-0), no Estádio da Luz, para a Liga Europa, Darwin ficou seis partidas consecutiv­as longe dos golos, quebrando essa série negativa ao marcar diante de Portimonen­se e Santa Clara. Porém, Tondela, FC Porto e Braga, os últimos adversário­s das águias, resistira mao camisola 9 da Luz, que leva 327’ sem marcar.

A pontaria do atacante está nesta fase por afinar, sendo que por várias vezes os ferros foram o destino dos seus remates. Darwin já acertou por cinco ocasiões nos postes – por quatro vezes a nível interno, mais do que os três golos que registou nas competiçõe­s nacionais, todos na I Liga –, sendo aquele que mais vezes o fez, contra as três de Pizzi. E todas elas foram após voltar a ser opção de Jesus depois de debelar a covid-19. E dessas cinco ocasiões podia ter melhorado o resultado para o Benfica em quatro: esteve perto de colocar a equipa em vantagem ante Paços de Ferreira (1-1) e FC Porto (1-1) ou de empatar frente ao Standard de Liège (1-2) e Braga (0-1). Desses quatro jogos, o Benfica apenas

Passes: tem compensado a pontaria com assistênci­as e já é o líder na Luz, com oito “Isto não é só a covid, é a covid e repormos a forma dos jogadores”

Jorge Jesus

Treinador do Benfica, a 8 de janeiro

Paços de Ferreira, Standard, Portimonen­se, FC Porto e Braga viram-no atirar aos postes. Os dois últimos e o Tondela foram na atual série de 327’ sem marcar

venceu os pacenses, empatando com dragões e belgas e perdendo com os arsenalist­as. Com o Portimonen­se, já venciam por 2-0 e acabou 2-1.

Numa temporada atípica, face às muitas ausências provocadas­pelacovid-19,Darwin é o terceiro jogador mais utilizado por Jesus, com 1794 minutos, atrás apenas de Vertonghen e Vlachodimo­s. E o próprio técnico já reconheceu os problemas causados pela doença. “Agora estou a mudar o pneu do carro em andamento. Isto para os treinadore­s é novo e tem um significad­o muito grande no rendimento dos jogadores”, ressalvou, após o Tondela. “Isto não é só a covid, é a covid e repormos a forma dos jogadores”, disse então, reforçando a ideia antes do jogo com o Estrela da Amadora: “Os jogadores não são super-homens.”

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