O melhor Márquez já em Portugal
Honda tem um oitavo lugar como melhor este ano, mas é de prever que o seis vezes campeão de MotoGP mude esse registo
Miguel Oliveira dominou em absoluto o GP de Portugal de novembro passado, mas agora a KTM não promete tanto e há um novo rival. Segundo especialistas, Márquez estará já em forma
Depois de uma época inteira de ausência, Marc Márquez regressa esta semana à competição, no Grande Prémio de Portugal, repartindo o protagonismo com o piloto da casa de dominador da anterior corrida de Moto GP no Algarve, Miguel Oliveira. As expectativasem relação ao espanhol seis vezes campeão entre 2013 e 2019 são muitas, apesar do modesto comportamento da Honda na sua ausência.
A equipa que dominou o MotoGP até à queda de Márquez em Jerez, em julho passado, fraturando o braço direito, viveu um 2020 miserável (oitavo e nono lugares por equipas) e reparte com a KTM o último lugar entre os construtores este ano, mas as indicações saídas do Catar não foram assim tão más: Pol Espargaró, que ainda se adapta à Honda, foi oitavo na segunda corrida e quinto na velocidade de ponta (352,9 km/h), atrás das quatroDucati, depois de ter sido o veloz na primeira da época (355,2 km/h). “Temos uma boa velocidade de ritmo de corrida. Mas há problemas com os pneus, como reclamam na KTM”, explicou Espargaró.
Será possível que Márquez mude tudo e logo de entrada? “Ele vai ser imediatamente forte”, diz Francesco Guidotti, manager da Pramac. “Talvez esteja um pouco mais cauteloso, mas não é primeira vez que uma queda destas lhe acontece. Em 2011 perdeu os sentidos ao bater com a cabeça e nas 125cc já tinha partido um braço. E agora é psicologicamente mais forte. Será um dos favoritos ao título. Para ele, recuperar 40 pontos não é problema”, opinou o italiano.
“Não sei se será campeão, mas não vai regressar para andar no meio do pelotão. Não será surpresa se for ao pódio em Portugal”, diz Stefan Bradl, o alemão que substituiu Márquez ao longo de uma época e agora voltou ao lugar de piloto de testes. A favor do espanhol, que não esteve no GP de Portugal do ano passado, haverá um fator: foi o último a andar no Autódromo do Algarve, há três semanas, no último teste à sua recuperação.