Covid reduz equipa a sete, mas houve jogo
Surto de pandemia, combinado com onda de lesões, obrigou o Águilas Doradas a entrar em campo desfalcado
Envolvido na luta pela permanência, tal como o adversário de domingo, o Águilas Doradas viu o pedido de adiamento descartado, entrou sob protesto e aguentou quase 60 minutos sem sofrer
A 17.ª jornada do campeonato colombiano ficou marcada por um jogo de forças desnivelado. O Águilas Doradas apresentou apenas sete jogadores para defrontar o Boyacá Chicó, devido a um surto de covid-19 (14 casos) e a uma onda de lesões (sete) que afetou a equipa que luta pela permanência no principal escalão da Colômbia. Os pedidos para adiar o jogo não foram atendidos e os sete resistentesentraramemcampo com cartazes de protesto, onde se lia que a vida deveria estar em primeiro lugar e ainda se reclamava por um jogo limpo.
Com dois guarda-redes entre os sete jogadores disponíveis, o treinador adaptou o habitualmentesuplenteJuan David Valencia a central - e rezam as crónicas que até se saiu bem. Aliás, apesar do desequilíbrio de forças de sete contra onze, o Águilas aguentou toda a primeira parte sem sofrer golos e ainda esticou a resistência a mais uns minutos da segunda: aos 57’, porém, o Chicó (também a lutar pela permanência) marcou, seguindo-se mais dois golos (69’ e 77’) e depois um fim prematuro da partida quando um problema físico custou ao Águilas mais uma baixa: com seis, abaixo do mínimo exigido, o jogo terminou.
O esforço captou atenções mundiais, entre críticas aos organizadores do campeonato da Colômbia por terem forçado o encontro. Uma dessas vozes críticas chegou da China: o ex-portista Quintero, atualmente no Shenzhen, louvou o esforço do Águilas e lamentou que não tivesse prevalecido “o lado humano” na decisão.