CAMINHO DA RETOMA EXIGE MAIOR EFICÁCIA
Painel leonino consultado pelo nosso jornal não acha que os alarmes devam tocar muito alto, mas nos próximos jogos, dizem, é preciso “matar” os oponentes
Empates consecutivos em Moreira de Cónegos e com o Famalicão levantaram dúvidas, que sportinguistas dizem, a O JOGO, não serem... assim tantas. Há défice na frente, mas o leão saberá voltar ao seu nível
Em Alvalade, e depois dos empates, ambos a um golo, contra Moreirense e Famalicão, soaram alarmes: afinal,tinhamvoadoquatropontos diretamente para o segundo lugar, ocupado pelo FC Porto, recuperando também o Benfica, terceiro, a mesma soma, mas estando de momento a nove do líder. É preciso aumentar o volume? Segundo o painel de sportinguistas contactados por O JOGO na ressaca da igualdade diante da formação de Ivo Vieira, não há, para já, motivo para grandes preocupações, até porque a vantagem desde a frente e para o “vice” (seis pontos) ainda dá para gerir; mas a gestão, essa, terá de ser ainda mais criteriosa e apoiada numa melhoria dos índices de finalização nos próximos jogos, diante de Farense, Belenenses e antes de visitar Braga. São esses os pontos que unem as opiniões recolhidas, a necessidade de aumentar os níveis na frente – saber “matar” os adversários – e demonstrar categoria nas jornadas 27 e 28, antes do último suspiro do campeonato.
“A vantagem [para o FC Porto] ainda é muito grande. Seis pontos são duas derrotas e obriga a que os adversários ganhem todos os seus jogos – não nos podemos, também, esquecer disso. Ainda assim, reconheço que o Sporting tenha travado, na intensidade e acutilância, acreditando, porém, que vai conseguir ser campeão”, explica-nos Pedro Gomes, antigo jogador e treinador do Sporting, o mais velho dos quatro “senadores”, de 79 anos, que partilha do mesmo ponto de vista de Carlos Severino, antigo diretor de comunicação e ex-candidato à presidência que aponta problemas na frente: “Tem faltado sorte e algum engenho para conseguir marcar mais do que um golo. Penso que é algo que deve preocupar o treinador.”
O mesmo Carlos Severino lança, então, a necessidade de responder com categoria antes de ir à Pedreira, esperando que o leão “se aguente nos próximos jogos”, uma visita ao Farense, já sexta-feira, antes de receber o Belenenses, na terça-feira seguinte. Bruno Mascarenhas, antigo vogal da Direção replica. “A sensação que fica é que com a ida para as seleções, a equipa tenha perdido o foco, além de algum desgaste. Precisa de aguentar e saber gerir esta vantagem até ao fim, sobretudo com os jogos em casa e pelo menos com jogos fora de portas. Penso que os dois próximos jogos serão fulcrais para se reencontrarem”, diz.
Carlos Xavier aponta dedo
Falta o testemunho de Carlos Xavier, antigo futebolista do Sporting que, confiante numa resposta cabal no São Luís, lamenta algumas “infelicidades” nas últimas rondas.
“Tem havido falta de sorte, um ou dois centímetros a mais, cartões amarelos aos primeiros minutos para intimidar... Ainda assim, creio que o Sporting vai responder, venha quem vier jogar ou apitar”, atira, pedindo uma equipa a controlar já diante da formação de Jorge Costa: “Será complicado, contra um adversário bem orientado e que precisa de pontos. O Sporting precisa de entrar a mandar no jogo.”
“Seis pontos são duas derrotas e obriga a que os adversários ganhem todos os jogos”
Pedro Gomes Ex-jogador e treinador