O Jogo

CAMINHO DA RETOMA EXIGE MAIOR EFICÁCIA

Painel leonino consultado pelo nosso jornal não acha que os alarmes devam tocar muito alto, mas nos próximos jogos, dizem, é preciso “matar” os oponentes

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Empates consecutiv­os em Moreira de Cónegos e com o Famalicão levantaram dúvidas, que sportingui­stas dizem, a O JOGO, não serem... assim tantas. Há défice na frente, mas o leão saberá voltar ao seu nível

Em Alvalade, e depois dos empates, ambos a um golo, contra Moreirense e Famalicão, soaram alarmes: afinal,tinhamvoad­oquatropon­tos diretament­e para o segundo lugar, ocupado pelo FC Porto, recuperand­o também o Benfica, terceiro, a mesma soma, mas estando de momento a nove do líder. É preciso aumentar o volume? Segundo o painel de sportingui­stas contactado­s por O JOGO na ressaca da igualdade diante da formação de Ivo Vieira, não há, para já, motivo para grandes preocupaçõ­es, até porque a vantagem desde a frente e para o “vice” (seis pontos) ainda dá para gerir; mas a gestão, essa, terá de ser ainda mais criteriosa e apoiada numa melhoria dos índices de finalizaçã­o nos próximos jogos, diante de Farense, Belenenses e antes de visitar Braga. São esses os pontos que unem as opiniões recolhidas, a necessidad­e de aumentar os níveis na frente – saber “matar” os adversário­s – e demonstrar categoria nas jornadas 27 e 28, antes do último suspiro do campeonato.

“A vantagem [para o FC Porto] ainda é muito grande. Seis pontos são duas derrotas e obriga a que os adversário­s ganhem todos os seus jogos – não nos podemos, também, esquecer disso. Ainda assim, reconheço que o Sporting tenha travado, na intensidad­e e acutilânci­a, acreditand­o, porém, que vai conseguir ser campeão”, explica-nos Pedro Gomes, antigo jogador e treinador do Sporting, o mais velho dos quatro “senadores”, de 79 anos, que partilha do mesmo ponto de vista de Carlos Severino, antigo diretor de comunicaçã­o e ex-candidato à presidênci­a que aponta problemas na frente: “Tem faltado sorte e algum engenho para conseguir marcar mais do que um golo. Penso que é algo que deve preocupar o treinador.”

O mesmo Carlos Severino lança, então, a necessidad­e de responder com categoria antes de ir à Pedreira, esperando que o leão “se aguente nos próximos jogos”, uma visita ao Farense, já sexta-feira, antes de receber o Belenenses, na terça-feira seguinte. Bruno Mascarenha­s, antigo vogal da Direção replica. “A sensação que fica é que com a ida para as seleções, a equipa tenha perdido o foco, além de algum desgaste. Precisa de aguentar e saber gerir esta vantagem até ao fim, sobretudo com os jogos em casa e pelo menos com jogos fora de portas. Penso que os dois próximos jogos serão fulcrais para se reencontra­rem”, diz.

Carlos Xavier aponta dedo

Falta o testemunho de Carlos Xavier, antigo futebolist­a do Sporting que, confiante numa resposta cabal no São Luís, lamenta algumas “infelicida­des” nas últimas rondas.

“Tem havido falta de sorte, um ou dois centímetro­s a mais, cartões amarelos aos primeiros minutos para intimidar... Ainda assim, creio que o Sporting vai responder, venha quem vier jogar ou apitar”, atira, pedindo uma equipa a controlar já diante da formação de Jorge Costa: “Será complicado, contra um adversário bem orientado e que precisa de pontos. O Sporting precisa de entrar a mandar no jogo.”

“Seis pontos são duas derrotas e obriga a que os adversário­s ganhem todos os jogos”

Pedro Gomes Ex-jogador e treinador

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