O Jogo

Um muro destruído por uma bicicleta

- MANUEL CASACA

O Chelsea voltou a demonstrar a segurança defensiva que já se conhecia desde que Thomas Tuchel assumiu o comando da equipa inglesa - a derrota (5-2) com o West Bromwich foi a exceção -, mas o muro caiu depois da bicicleta que Taremi. A muralha londrina contou ainda com um Kanté que deu uma preciosa ajuda a defender, mas também a atacar.

Defesa

Mendy esteve em bom plano na baliza do Chelsea, defendeu o que tinha a defender, e acabou por ser um espetador privilegia­do do golo monumental de Taremi. O guarda-redes senegalês nada podia fazer. Os companheir­os do setor defensivo também não. Azpilicuet­a, Thiago Silva e Rudiger foram uns gigantes no espaço aéreo. Um trio bem suportado pelos alas Reece James e Chilwell, dois laterais muito ofensivos, que subiram bem pelos corredores.

Meio-campo

Kanté bem podia chamar-se Enkanté. O nome do médio francês conduz-nos ao trocadilho fácil, tal a exibição de grande qualidade que fez no encontro de ontem, no dia em que regressou à titularida­de. Recuperou bolas, apoiou o setor defensivo e esteve igualmente bem na construção de jogo. Muitas vezes foi ainda ele a fazer o último passe para os avançados. Kanté formou com Jorginho uma dupla fortíssima no meio-campo.

Ataque

Com Timo Werner e Giroud no banco, Thomas Tuchel apostou na imprevisib­ilidade de Havertz para desequilib­rar. O internacio­nal alemão nunca se deu à marcação, mas teve poucas oportunida­des para bater o setor mais recuado do FC Porto. Já Mason Mount e Pulisic procuraram sempre os espaços interiores para aparecerem com perigo junto da baliza defendida por Marchesín. Foram deles os principais momentos dos londrinos.

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