CAMPEÃO FOI AO CHÃO COM VINGANÇA DO PSG
A segunda mão do confronto entre parisienses e Bayern voltou a ser um hino ao bom futebol. Desta vez ganharam os bávaros, mas o 1-0 não lhes chegou para seguir em frente
PSG 0
BAYERN 1
Estádio Parque dos Príncipes, em Paris
Árbitro: Daniele Orsato (Itália) PSG Keylor Navas; Dagba, Danilo, Kimpembe e Diallo (Bakker 59’); Gueye e Paredes, Di María (Ander Herrera 89’), Neymar e Draxler (Moise Kean 72’); Mbappé
Treinador: Mauricio Pochettino
BAYERN Neuer; Pavard, Boateng, Lucas Hernández e Alphonso Davies (Musiala 71’9; Kimmich e Alaba; Sané, Muller e Coman; Choupo-Moting (Javi Martínez 85’)
Treinador: Hans-Dieter Flick Golos: Choupo-Moting (40’)
Cartões: amarelos: Alaba (52’), Dagba (55’), Muller (68’) e Ander Herrera (90’)
Vermelhos: nada a assinalar
Oito meses depois de conquistar a Liga dos Campeões, o Bayern caiu ontem da prova perante o rival que batera na final de Lisboa, o Paris Saint-Germain. No Parque dos Príncipes, o PSG sofreu uma das mais saborosas derrotas da sua história, dado que o 1-0 favorável aos bávaros não anulou o desaire por 3-2 da primeira mão, em Munique.
Com Danilo a substituir Marquinhos, lesionado, no centro da defesa dos locais, a equipa treinada por Pochettino não se fiou no resultado fora e foi à procura do golo desde o primeiro minuto, com um ataque de grande mobilidade e velocidade. Descaídos sobre as alas, Di María e Draxler estiveram em bom plano, mas eram Neymar e Mbappé quem mais davam dores de cabeça aos defesas alemães.
Logo aos 3’, o francês ficou a centímetros do golo e depois de alguns remates de longe ao lado dos alemães deu-se um festival de oportunidades com Neymar como protagonista. Aos 28’ perdeu o duelo na cara com Neuer, isolado por Mbappé, aos 34’ obrigou o guardião a grande defesa, aos 37’ atirou uma bomba à barra e aos 39’, novamente isolado pelo francês, o brasileiro acertou no poste.
Um festival de oportunidades perdidas que podia ter custado caro ao PSG. Aos 40’, na sequência de um defesa incompleta de Navas a remate de Alaba, Choupo-Moting (na época passada no PSG) ganhou de cabeça e marcou à ex-equipa. Abanaram os locais, valendo-lhes Keylor Navas aos 44’, a defender para canto uma bomba de Alaba.
O Bayern entrou na segunda parte a levar perigo até junto da área parisiente, mas seria novamente Neymar a ficar a centímetros do golo, quando chegou atrasado ao centro de Di María em zona frontal e com Neuer batido.
Mas, o controlo do jogo tinha mudado e Danilo (com uma excelente exibição) e restantes colegas do sector mais recuado foram postos inúmeras vezes à prova, quer em cruzamentos, quer em rápidas investidas a partir das alas ou tabelinhas pela zona central do terreno.
Mas, quando não havia uma perna ou uma cabeça de um defesa francês no caminho, apareceu Navas a transmitir segurança, nomeadamente negando o golo a Muller (62’) e segurando o cruzamento rasteiro de Sané (83’) que furara a defesa pela direita.
Mbappé vira pouco antes um golo anulado por fora de jogo, mas o PSG segurou com unhas e dentes a preciosa vantagem e mostrou qualidade para erguer o troféu que deixou fugir em 2020. No Bayern, a ausência de Lewandowski (lesionado) foi notória nos dois jogos.