O Jogo

Sérgio Oliveira

bisa como médio do mês da Liga NOS

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Congolês descreve Sérgio Conceição como um treinador que “dá muita atenção ao pequeno detalhe” e olha para Pepe como “uma máquina”. “Ainda hoje demonstra qualidade”, elogia

O percurso do FC Porto na Liga dos Campeões despertou a curiosidad­e da Imprensa internacio­nal à volta da equipa e as exibições de Mbemba ao longo desta época deixaram os belgas particular­mente intrigados. Terá o congolês finalmente atingido todo o potencial que lhe era atribuído quando surgiu no Anderlecht, com apenas 19 anos? A questão foi-lhe colocada durante uma entrevista para o canal “RTBF”, à boleia do cresciment­o evidenciad­o desde a última temporada, após ter perdido algum protagonis­mo durante a passagem pelo Newcastle. “Ainda não [atingi todo o potencial]”, garantiu o central. E a justificaç­ão atrelada à convicção é bastante simples. “Aprendemos e evoluímos todos os dias com o trabalho. Por isso, vou continuar a trabalhar”, sustentou, lembrando que não é fácil estar sempre ao mesmo nível.

Para ultrapassa­r os próprios limites, Mbemba procura inspiração em Pepe. “Ele é uma máquina”, elogiou o defesa de 26 anos, convencido de que tem adquirido “muita experiênci­a” com o internacio­nal português, 12 anos mais velho. “Ainda hoje ele continua a demonstrar a sua qualidade. Dá-me muito orgulho jogar ao lado dele”, assegurou o 19 portista, que olha para o capitão como uma referência e não apenas mais um parceiro. “Não vou dizer que sonhei com isto, mas a verdade é que hoje percebo o que é jogar ao lado do Pepe e posso dizer que é muito fácil, porque ele fala muito e trabalha imenso”, explicou.

Trabalho, de resto, é uma palavra à qual Mbemba também recorre na hora de apontar o que faz de Sérgio Conceição um treinador distinto. “O mais importante para o treinador é o rigor, o amor pelo trabalho e o amor pela vitória. É essa a sua força”, descreveu o jogador natural de Kinshasa, já habituado à exigência diária que o técnico de 46 anos, que dá “muita atenção ao pequeno detalhe” e não tem “espaço para o erro”. De resto, o defesa já sentiu na pele essa forma de ser de Conceição. “Quando co

CHANCEL MBEMBA “Ainda não atingi [todo o meu potencial], porque aprendemos e evoluímos todos os dias com o trabalho. Por isso, vou continuar a trabalhar” “O Pepe é uma máquina. Ainda hoje ele continua a provar a sua qualidade. Dá-me muito orgulho jogar ao lado dele” “O mais importante para o treinador é o rigor, o amor pelo trabalho e o amor pela vitória. É essa a sua força” “Conceição dá muita atenção ao pequeno pormenor. Não há espaço para o erro” “[Vida com a pandemia] É muito difícil. Quando estou sozinho em casa, tenho um pouco de dificuldad­e, mas quando estou com as crianças sinto-me bem”

meto um erro, ele vem imediatame­nte dizer-me que tive culpa”, revelou.

O entendimen­to de Mbemba do português melhora a cada dia que passa e, por isso, o central assume sentir-se bem em Portugal, até porque desfruta muito “do sol e das pessoas”. Só tem “pena” que a pandemia o obrigue a passar tanto tempo em casa, ainda por cima sozinho, porque a mulher e os filhos encontrams­e na Bélgica. “É muito difícil. Quando estou sozinho em casa, tenho um pouco de dificuldad­e, mas quando estou com as crianças fico bem”, admitiu Chancel, que gracejou quando lhe questionar­am quem preparava as refeições. “Aprendi a cozinhar [risos]. Algumas receitas com a minha esposa e outras em África”, rematou.

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