Vitória quebra o enguiço
V. Guimarães-Sta. Clara 1-0
Defesa a três implementada por Bino começa a funcionar. Pela primeira vez, desde o começo da segunda volta, o Vitória não sofreu qualquer golo e o Santa Clara bem tentou
A via-sacra terminou. Depois de cinco derrotas consecutivas, o Vitória de Guimarães arregaçou as mangas e reencontrou-se com as vitórias em casa diante de um Santa Clara feroz, isolandose no sexto lugar, o tal que oferece uma participação na “Conference League”, e afastando de lá a equipa açoriana, numa altura em que já começava a sentir o “bafo” ameaçador do vizinho Moreirense. A estreia de Bino no Estádio D. Afonso Henriques ficou até marcada por uma aproximação ao quinto lugar, como resultado da derrota do Paços de Ferreira no
Bessa, mas não se tratou de um episódio cor-de-rosa, cheio de momentos agradáveis ou de superação em termos futebolísticos, à exceção do golo apontado bem cedo por Rochinha, numa recarga a uma bola enviada por Edwards ao poste.
A auto-estima deste Vitória anda muito por baixo e, por isso, demorará algum tempo a apresentar futebol de qualidade, apesar de já não se assemelhar a um ornitorrinco tático, como se viu em Portimão, como consequência da introdução da defesa a três – um esquema utilizado só muito pontualmente por João Henriques e sem grandes resultados. Duas semanas depois da troca de treinadores, viu-se uma equipa mais entrosada dentro desse esquema e a verdade é que, pela primeira vez nesta segunda volta, não sofreu qualquer golo. Será um bom começo para uma eventual ponta de final relativamente tranquila, mas convém não fiar muito nessa consistência recuperada, porque nem todos os avançados são tão desperdiçadores como Carlos Júnior, Rui Costa e Allano. Perante um Santa Clara atrevido e de olhos postos na baliza de Bruno Varela, o Vitória livrou-se de boa e, ao mesmo tempo, também complicou o que poderia ter sido mais simples. Por aí, um falhanço de Edwards, de baliza aberta, foi paradigmático.