“Não dependemos de nós...”
Conceição quer ganhar os oito jogos que faltam no campeonato, a começar pelo desta tarde, mas lembra que isso pode não chegar para ultrapassar o Sporting e acabar em primeiro
A mudança do “chip” da Champions para a Liga NOS é uma das preocupações do treinador portista. Relaxar em demasia é um risco que não quer correr numa altura em que tudo de vai decidir
A aventura europeia terminou nos quartos-de-final e Conceição espera que os jogadores consigam mudar o chip. “É parte do nosso trabalho que eles não sintam uma pressão extra quando jogam a Champions e não relaxem em demasia para perceberem que o foco principal é no campeonato. É um trabalho a que damos relevância, porque o estado emocional dos jogadores é importante para o rendimento deles”, admitiu, consciente de que à medida que o campeonato caminha para o fim “a importância e o peso de cada jogo são grandes”. Por isso, garantiu que ninguém olha ao longe “mas apenas para o próximo jogo”. E deu um exemplo. “Tivemos um jogo no meio da eliminatória europeia, o Tondela, e a equipa deu uma excelente resposta.” Agora, espera repetir isso na Madeira. “Focamo-nos em cada treino e em cada jogo para apresentar a equipa mais forte para ganhar. O que passou ou que virá não é a melhor forma de abordar aquilo que resta”, referiu.
Ao FC Porto faltam oito jogos que Conceição quer vencer,
“É parte do nosso trabalho que não relaxem e percebam que o foco principal é no campeonato”
Sérgio Conceição
Treinador do FC Porto
mesmo não sabendo se serão suficientes para revalidar o título. “Não dependemos de nós...”, apontou. “Mas vamos fazer de tudo para ganhar, a começar pelo próximo”, sublinhou uma semana depois de ter dito que esperava ver os jogadores como atores principais, numa alusão às arbitragens. A do Sporting, em Faro, mereceu críticas de Francisco J. Marques, mas o treinador não alimentou o tema. “Não tenho de comentar os outros jogos, já sou bastante efusivo e expressivo nos meus”, atirou.
O FC Porto pode ter caído na Liga dos Campeões, mas isso não significa tréguas na agenda. O Nacional é o primeiro de três jogos numa semana e Conceição desvalorizou. “Já falei da densidade de jogos que tivemos e que vamos ter. Cada equipa adaptase em função dos jogos que tem pela frente. O calendário é o que é”, referiu.