O Jogo

“Dei logo ‘match’ como míster”

Contratado pelo Arminia ao Feirense, o central quer mostrar a Frank Kramer, treinador responsáve­l pela sua aquisição, que está pronto para a exigência da Bundesliga sem passar pela “casa” da Liga NOS

- MIGUEL ARAÚJO

No mercado de transferên­cia de janeiro viu-lhe negada a transferên­cia para dois dos principais campeonato­s da Europa, mas os convites de Atlético de Madrid e Crotone não lhe tiraram o foco do Feirense. Agora, partiu para a Alemanha com o objetivo de ajudar o Arminia Bielefeld a garantir a permanênci­a e de prosseguir a sua evolução.

Como recebeste a notícia de que o Arminia Bielefeld te queria contratar?

—Foi o Carlos Gonçalves, o meu empresário, que me disse: ‘Na próxima semana vamos ter uma reunião com o Arminia’. Garantiu-me que seria um ótimo projeto e que o clube queria muito contar comigo.

Nessa reunião também esteve presente o teu novo treinador. O que é que ele te disse?

—Explicou-me que as minhas caracterís­ticas encaixavam na ideia de jogo dele e fez-se ali um ‘match’, até pela maneira de estar e comunicar. Senti-me logo aliviado. O míster Frank Kramer é um treinador jovem, com ideias atualizada­s e as suas equipas procuram assumir o jogo. Achei que seria um bom projeto para a minha evolução como jogador.

A dada altura, no Feirense, tinhas 76% de duelos aéreos ganhos (o mais eficaz da competição). Este é o teu ponto mais forte?

—É sem dúvida um dos meus pontos fortes. Sinto que sou um jogador evoluído em tudo o que esteja ligado ao campo da vertente física. Quanto ao resto tenho tentado evoluir para tornar-me cada vez mais um jogador completo.

Referes-te à saída de bola em construção?

—Sim, mas não só. Todos os aspetos do meu jogo estão em evolução, mesmo nos que sou mais forte.

Já disseste que estavas há alguns anos à espera de uma oportunida­de na Liga NOS. Não apareceu ou os convites não agradaram?

—Apareceu, mas houve sempre algo que impossibil­itou essa subida. Quando fui emprestado pelo Sporting ao Mafra, fiz uma primeira volta excelente e houve interesse de clubes da Liga NOS. Mas no mercado de inverno, quando podia dar-se a transferên­cia, acabei por me lesionar e isso impossibil­itou essa progres

“Sinto que sou um jogador evoluído ao nível da vertente física, mas quero ficar ainda mais completo” “Frank Kramer é um treinador jovem, com ideias atualizada­s e que gosta de assumir o jogo. É um bom projeto para a minha evolução” “Recebi convites da Liga NOS, mas, primeiro, lesionei-me e, depois, não me surgiram projetos concretos”

são. Na época seguinte, os projetos que surgiram não eram concretos e a proposta que me pareceu mais consistent­e foi a do Feirense.

Em janeiro houve a oportunida­de de ires para o Atlético de Madrid. O que aconteceu para que não se concretiza­sse?

—O Feirense decidiu que seria mais benéfico tentar lutar pela subida mantendo-me´, do que arriscar vender-me logo em janeiro. Decidiram aguardar e esperar pelo mercado seguinte.

Como é que viveste esse período?

—Tentei afastar-me ao máximo, até porque tinha consciênci­a de que tinha contrato com o Feirense e queria cumprir com o que me comprometi.

Atlético de Madrid e Crotone tentaram contratar o jogador em janeiro último, mas o Feirense não o deixou sair

Tentámos chegar a um consenso que fosse benéfico para todos. Acabou por mexer um bocadinho comigo, por todas as ondas que levantou. Mas foquei-me no objetivo que tínhamos, que era a subida de divisão.

O Atlético voltou a insistir neste mercado?

—Não, até porque era um projeto para estar seis meses no clube e avaliarem a minha progressão. Depois falou-se numa possibilid­ade de empréstimo, mas apareceu o Arminia com toda esta disponibil­idade…

O Crotone também foi uma possibilid­ade?

—Sim, mas apareceram em cima do fecho do mercado e a justificaç­ão que o Feirense deu foi a mesma.

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