DE PRODÍGIO A CANDIDATO A UM PÓDIO OLÍMPICO
Gustavo Ribeiro é o representante português em Tóquio’2020. No dia 25, compete na prova de street e, na primeira presença da modalidade nos Jogos, é um dos favoritos ao pódio
O skate estreia-se como modalidade olímpica na capital japonesa e já tem lugar marcado em Paris’2024. Gustavo Ribeiro sonha com medalhas, apesar de estar a recuperar de um ombro deslocado
Gustavo Ribeiro tinha cinco anos quando fez as primeiras manobras em cima de uma prancha de skate. Cresceu a sonhar ser tão bom como o lendário Tony Hawks, o norteamericano que causou sensação na década de 80 e 90, acumulando 73 títulos quando tinha apenas 25 anos. Precoce, Gustavo Ribeiro iniciou a carreira em 2017, ano em que se tornou o primeiro português a vencer Tampa AM, o mais antigo campeonato de skaters amadores, ganhando acesso ao SLS ProOpen 2018. Em pouco tempo, entrou no projeto Red Bull, que apoia os melhores em diversas modalidades, acabando mesmo a marca por construir um skatepark para o jovem prodígio. Sucederam-se os êxitos até chegar o maior de todos, o terceiro lugar no ranking mundial, que lhe valeu a qualificação olímpica para Tóquio’2020. “Não sabia que quando tivesse 20 anos já pudesse estar aqui e no patamar onde estou, mas sempre soube que era possível. Trabalhei para isso. Sempre acreditei, só não sabia é que ia ser tão cedo”, afirmou Gustavo Ribeiro, em declarações ao site oficial da Federação de Patinagem de Portugal. “Vou com o objetivo de ganhar uma medalha de ouro. Vou lá tentar fazer o meu máximo. Todas as pessoas que lá estão, são muito boas, todos podem ganhar, mas já que estou lá, vou com o objetivo de ganhar, como é lógico”, adiantou o skater, referência entre
“Não sabia que aos 20 anos já pudesse estar aqui e no patamar onde estou, mas sempre soube que era possível”
“Vou com o objetivo de ganhar uma medalha de ouro. Vou lá [Tóquio] tentar fazer o meu máximo”
Gustavo Ribeiro
skater
os mais de 300 atletas que disputam o circuito World Skate SLS Pro Tour.
Aos 17, Gustavo Ribeiro pediu aos pais fazer uma pausa nos estudos para se tornar profissional: a condição era ganhar o Mundial. A conquista foi cumprida e Gustavo pôde assim dedicar-se à modalidade a cem por cento. “Se o skateboarding, um dia mais tarde der algo de errado, que duvido que dê, consigo sempre voltar e acabar a escola. Não me preocupo muito, neste preciso momento, está a correr tudo bem”, disse o atleta que representará Portugal na estreia olímpica do skate.