Argumento reserva época excitante para o Braga
C omeçaram já a aquecer os motores para o arranque da próxima temporada 2021/2022. No que respeita à maioria dos clubes (plantéis) que irão participar na I Liga, quase parece uma segunda temporada da liga passada. Na verdade, do que me lembro, nunca o mercado de transferências esteve tão parado e, relativamente aos quatro primeiros classificados do ano passado, mantêm-se os treinadores e a esmagadora maioria dos jogadores. Por isso, tudo indica que a temporada que se inicia será uma espécie de continuação daquela que terminou. Mas, os argumentistas desta série introduziram para esta segunda temporada algumas variáveis narrativas que poderão fazer a diferença no desenlace final. Desde logo, os argumentistas estão a prever o mais do que desejado regresso do público às bancadas. Dizem os que mais especulam sobre estas matérias que o sucesso do Sporting na época que terminou muito se ficou a dever à ausência do público nas bancadas, pois o clube teve um começo menos bom, foi mesmo eliminado precocemente da Liga Europa por um clube pouco conhecido e, dizem alguns, com público nas bancadas, a jovem equipa sportinguista teria o nervosismo a jogar contra si, o que, aliado ao manifesto mau perder de Rúben Amorim, poderia fazer com que os resultados tivessem sido distintos. Este ano haverá público e – nisso há total unanimidade – será bom para todos. O Sporting, herói inesperado da temporada transata, surge este ano no papel principal e, por isso, já todos saberão com o que contar: é o campeão em título, sendo, por isso, o favorito de entre os três do costume. No que respeita ao Braga, o argumento narrativo afigurase promissor: os mais atentos entenderão perfeitamente os reforços, dentro do modelo e das ideias de jogo de Carvalhal, que privilegia um futebol positivo, intencionalmente ativo e aceleradamente reativo, com uma profunda intensidade competitiva, como, de resto, se comprova pelas recentes estatísticas tornadas públicas pela LPFP, que demonstram que o Braga foi a equipa da Liga com maior média de tempo útil de jogo (o que me deixa particularmente feliz, pois, para mim, o antijogo é o maior dos vilões do futebol). Ainda serão escritas algumas páginas sobre saídas de jogadores, pois o plantel bracarense está algo “gordo”, mas fica, para já, a ideia de que será uma época de continuidade e de aprofundamento das ideias bem vincadas de Carvalhal. Se os argumentistas não exagerarem nas lesões ao longo da época, poderemos esperar uma temporada bem excitante para o SC Braga. Mas
O plantel está algo ‘gordo’, mas fica a ideia de que será uma época de continuidade e de aprofundamento das ideias bem vincadas de Carvalhal
sabemos que os argumentistas gostam de pregar partidas e de introduzir verdadeiros “plot twists”, reviravoltas narrativas destinadas a criar tensão no argumento e a surpreender os espectadores. E a próxima temporada da Liga será igualmente marcada por este enredo que colocou esta semana Luís Filipe Vieira fora da presidência do Benfica. Será, também, este um motivo de grande interesse nesta narrativa infindável que é o futebol português: qual o impacto da saída do histórico presidente na performance competitiva do plantel na próxima temporada da Liga portuguesa? Não percam os próximos episódios.