O Jogo

PIRENÉUS TESTARÃO ESCUDOS DE POGACAR

A UAE tentou controlar a etapa 14 do Tour, mas deixou fugitivos ganharem tempo e Guillaume Martin (Cofidis) subir a segundo. A etapa foi para Mollema (Trek)

- FREDERICO BÁRTOLO

Jornada com muito sobe e desce viu um ataque destemido do holandês a 42 km da meta. Sem ninguém a ajudar a equipa de Rui Costa, a etapa de hoje, a última antes do descanso, é mais exigente

Tadej Pogacar (UAE) partia na etapa 14 do Tour com mais de cinco minutos sobre os principais rivais e a equipa tem sido inexcedíve­l a perseguir. Porém, tal como quando deixou Ben O’Connor (AG2R) ganhar a etapa 9, ontem teve de aceitar que muitos fugitivos procurasse­mavitóriad­eetapa. Bauke Mollema (Trek) foi o mais forte da fuga e atacou a 42 km, vencendo de modo épico, ao jeito do que fizera na Volta à Lombardia,monumentod­ociclismo que conquistou em 2019. A O JOGO, em fevereiro de 2020, o ex-voltista, agora com 34 anos, confessara o sonho de vencer mais etapas no Tour e em Quillan somou a segunda tirada na Grand Boucle, devolvendo a Trek às vitórias em Grandes Voltas, o que a equipa não lograva desde o Giro de 2019, por Ciccone.

Mollema não era perigoso para a geral, mas o 11.º da etapa, Guillaume Martin (Cofidis), saltou para o segundo lugar, já que o pelotão chegou a 6m53s do vencedor de etapa. É claro que o francês está em modo caça-etapas, todavia a UAE voltou a estar sozinha na perseguiçã­o e com a devida aliança dos principais concorrent­es a vantagem de Pogacar pode tremer, isto porque Majka caiu e tem mazelas e Rui Costa e McNulty não chegam para tudo. “A subida dele na geral pode ser boa para nós. Os outros têm de perseguir”, afirma o confiante Pogacar.

Rui Costa tem sido exuberante na proteção ao camisola amarela, que tem 4m04s sobre Martin, mas a UAE preferirá que Ineos e a EF de Rúben Guerreiro aumentem o ritmo nos Pirenéus para tentar que Carapaz e Uran, quinto e terceiro na classifica­ção, ganhem tempo. Até aqui a formação do líder tem sentido mais dificuldad­es para controlar fugas grandes e sempre que cede o protagonis­mo acaba por ter Pogacar ao nível certo para responder. A etapa 15 antecede o segundo dia de descanso e termina em Andorra-a-Velha, num final a descer, após três contagens de 1.ª categoria, uma delas a 2406 metros acima do nível do mar. A altitude vai começar a entrar em cena.

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Rui Costa e Rúben Guerreiro são os dois lusos do Tour e destacamse. Acompanham Pogacar (UAE) e Uran (EF) nas subidas

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