O Jogo

EUROPA AZZURRA

Seleção de Mancini vence em Wembley e sucede a Portugal como campeã europeia

- DUARTE TORNESI

Inglaterra marcou aos 2’, mas recuou e não aproveitou a inesperada nervoseira rival. Mancini acertou a mão na segunda parte e merecia ter ganho nos 90’, cabendo a Donnarumma fazer justiça na “lotaria”

Muito se cantou sobre a possibilid­ade do troféu regressar ao país que inventou o futebol, mas, ao invés de ficar a descansar em “casa” nos próximos três anos, optou por voar para Itália, dando razão aos humoristas de plantão que respondera­m ao “It’s Coming Home” com “It’s Coming to Rome”. O triunfo no desempate por penáltis, 3-2 após um 1-1 que se arrastou pelos 90’ e prolongame­nto, chegou pelas mãos de Donnarumma e com uma ajudinha de uma decisão equivocada de Gareth Southgate (ver caixa), que entra nos anais da história.

No entanto, os primeiros minutos do jogo pareciam antever um epílogo bem diferente do que foi vivido em Wembley. Logo aos 2’, num lance exclusivo a laterais, Shaw inaugurou o marcador após cruzamento de Trippier e o golo (o mais rápido na história das finais do Euro) validou a mudança da Inglaterra para um 5x3x2 em detrimento do 4x2x3x1 habitual. Isto porque as subidas constantes de ambos, em apoio a Mount e Sterling, deixaram os laterais contrários em constante inferiorid­ade numérica, enquanto Phillips e Rice se ocupavam de anular a casa das máquinas da Itália através de marcações cerradas a Jorginho e Verratti.

A Azzurra só se conseguiu libertar das amarras aos 54’, quando Roberto Mancini fez a sua jogada de “xadrez” ao trocar Barella e Immobile por Cristante e Berardi. A equipa cresceu de imediato e empurrou, ainda mais, para a sua área uma Inglaterra que cedo se remeteu à defesa para guardar a vantagem. Empurrada para a frente pelas aceleraçõe­s de Chiesa, a Itália acabaria por chegar ao empate por Bonucci (67’), na recarga a uma defesa de Pickford para o poste na sequência de um cabeceamen­to de Verratti.

Motivada pelo empate, a equipa de Roberto Mancini lançou-se para a frente para “matar” o jogo e podia tê-lo feito aos 73’, quando Berardi, isolado perante Pickford, rematou por cima da baliza. Esta acabou por ser a última oportunida­de digna desse nome nos 90’, mas também no prolongame­nto, onde as duas equipas, derrotadas pela fadiga, jogaram pouco futebol. A contenda acabou por ir aos penáltis, onde Donnarumma defendeu as cobranças de Sancho e Saka (Rashford atirou ao poste) salvando o falhanço de Belotti.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal