Messi consagrado no “Maracanaço II”
Otamendi foi titular e Marchesín também levantou a Copa América
Setenta e um anos depois do Brasil perder o Mundial’1950 em casa frente ao Uruguai, o Rio de Janeiro viveu a sequela do “Maracanaço” após a Argentina conquistar a Copa América’2021 no solo sagrado do escrete. Na madrugada de ontem, um golo solitário de Di María – num chapéu a Ederson – despertou a euforia nas ruas de Buenos Aires e um sentimento de impotência vivido por todo o Brasil, bem ilustrado pelas lágrimas de Neymar após o apito final. No entanto, foi Messi quem reclamou para si todos os holofotes.
Presença habitual da albiceleste desde 2005, o capitão argentino venceu o primeiro troféu pela seleção principal do seu país no mesmo dia em que se celebravam cinco anos da final do Europeu’2016, o primeiro torneio ganho por Ronaldo com Portugal: o facto da data (10/07) coincidir com o número utilizado pelos dois craques varreu a Internet através de “memes” . Após ser lançado ao ar pelos colegas, Messi soltou o que lhe ia na alma aos microfones dos jornalistas. “Necessitava de me livrar desse espinho, de conquistar algo com a seleção, estive muito perto durante anos. Sinto que Deus estava a guardar este momento para mim, contra o Brasil na final, e neste país”, afirmou o avançado do Barcelona, revelando que jogou o torneio limitado por um problema muscular num tendão de uma das coxas.
Titular no eixo da defesa da Argentina, que não vencia o torneio desde 1993, Otamendi (do Benfica) também se sagrou campeão sul-americano, à semelhança de Marchesín (FC Porto), que não saiu do banco. Do lado brasileiro, Everton (Benfica) foi titular – saiu aos 63’ – e não conseguiu ajudar o escrete a somar o pleno enquanto anfitrião: tinha vencido as cinco edições anteriores que tinha organizado.