O Jogo

Djokovic, novo deus no Olimpo

Novak Djokovic junta-se a Roger Federer e a Rafael Nadal no recorde de títulos (20) do Grand Slam, ao fazer o tri em Wimbledon

- MANUEL PEREZ

O melhor tenista da atualidade caminha a passos largos para se tornar o GOAT, ou seja, o melhor de todos os tempos. Djokovic conquistou ontem o terceiro major e deve renunciar aos Jogos Olímpicos

Aí está a trindade do ténis no Olimpo, graças ao título no torneio de Wimbledon conquistad­o por Novak Djokovic, levando-o a unir-se aos deuses Roger Federer e Rafael Nadal, ontem louvados pelo sérvio, ciente da importânci­a de fazer parte de uma era de ouro que o obrigou a engrandece­r. O menino que aos 7 anos gastava rolos de papel, de celofane e de alumínio para esculpir o troféu de Wimbledon, levantou ontem o original pela sexta vez, terceira consecutiv­a, aumentando para seis os títulos na mais icónica das etapas do Grand Slam e alcançando o 20.º da carreira, até então um exclusivo do suíço e do espanhol.

A disputar a 30.ª final de um major, Djokovic, de 34 anos, não se perturbou com a perda de um primeiro set (6-7) em que esteve a um ponto de fechar com 6-3. Protegido pela muralha do seu jogo e pela catapulta dos seus golpes, impôs-se ao italiano Matteo Berrettini, por 6-7 (4/7), 6-4, 6-4 e 6-3, em quase três horas e meia de mais uma bela final no circuito masculino.

Este título aquece, mais do que nunca, o debate em torno do GOAT do ténis, e Goran Ivanisevic, treinador do número um mundial, tem alguma razão ao proclamar: “Se o Nole ganhar o US open, creio que o assunto está encerrado”. Uma apreciação sensata, pelo simples facto de Djokovic estar intratável e, ao vencer os três grandes – Austrália,

Roland Garros e Wimbledon – disputados esta temporada, repete a proeza de Rod Laver, em 1969, podendo mesmo suceder ao australian­o, caso saia de Nova Iorque, em setembro, abraçado a mais um troféu. Inédita continua a ser a conquista do Golden Slam – os quatro majors e o torneio olímpico no mesmo ano –, algo que, apesar de estar ao alcance, o sérvio parece não estar disposto a chegar tão longe. Na conferênci­a de Imprensa, no All England Club, deu a entender que não competirá, a partir do dia 24, em Tóquio.

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Novak Djokovic agradece a vitória em Wimbledon, levantando os braços e olhando para o céu

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