“Dar ao chinelo” só fez bem a Bragança
Médio contou ao podcast “ADN de Leão” que não queria ser emprestado a Farense e Estoril, mas hoje reconhece a sua utilidade
O camisola 68 assumiu que não estaria preparado para o desafio de integrar o plantel principal sem ter rodado. Foi no Farense, com Álvaro Magalhães, que o centrocampista começou a dar no duro
O médio Daniel Bragança não gostou da sensação de ser emprestado ao Farense e ao Estoril, em 2018/19 e 2019/20, respetivamente, mas reconhece hoje que essas passagens foram determinantes para a sua evolução e para o crescimento que lhe permite estar hoje a lutar por um lugar na equipa comandada por Rúben Amorim. Numa entrevista ao podcast “ADN de Leão”, o médio foi convidado a falar dos episódios mais difíceis da carreira. Um deles, conta, foi quando soube que ia rodar para Faro. “Quando me disseram que era para ir jogar no Farense, eu não queria e disse logo que não. Estava aqui no conforto, com os meus amigos, e não queria ir... Mas, depois, o treinador do Farense, Rui Duarte, ligou-me e disse-me que eu podia ser importante na equipa, que a minha ida seria importante para o meu crescimento, um bom espaço para evoluir e crescer, para dar o passo seguinte. Disse também que me queria a jogar mais à frente, não na posição 6. E acabou por ser muito ‘fixe’ estar naquele espaço, pois evoluí muito na II Liga”, assinalou, contando a seguir que o cenário ficou mais sombrio com a saída do treinador. “Passados três jogos, o Rui Duarte foi despedido e veio o Álvaro Magalhães. Aí tive de dar ao chinelo. Ele não me queria de início, mas depois foi também importante para crescer”, contou.
Na época a seguir, nova sensação amarga transformada mais tarde em pontos a seu favor. “Difícil foi fazer a préépoca com Marcel Keizer e ter de sair outra vez. Mas foi importante ter ido para o Estoril, pois de facto não estava ainda preparado para jogar no Sporting”, reconhece agora.
No programa, Bragança prometeu ainda que vai tentar ganhar um pouco mais de cabedal. “Fisicamente, talvez tenha que melhorar. Ir ao ginásio, comer mais massas, bróculos”, afirmou, entre muitos sorrisos.