O Jogo

Líder quer “SAD mais robusta”

Rui Cordeiro explica que aumento do capital social em três milhões de euros alivia “pressão adicional sobre a tesouraria”

- ARTHUR MELO

O presidente dos açorianos justificou o aumento do capital social da SAD em três milhões de euros, operação financeira que terá de ser concluída ainda antes do início da nova época desportiva

Rui Cordeiro, presidente da Santa Clara, justificou o aumento de capital em três milhões de euros com a necessidad­e de dotar a SAD de meios financeiro­s antes do arranque da temporada 2021/2022. A operação financeira, lançada na quinta-feira, dia 15, terá de ser realizada no prazo de 15 dias, até porque, frisa o presidente dos açorianos, há a necessidad­e de cumprir com o fair-play financeiro da Liga e da UEFA. “Com esta operação de aumento de capital teremos uma SAD mais robusta e projetada para o futuro”, enfatiza Cordeiro, sublinhand­o que este aumento de capital é, também, para fazer face ao que diz ser uma situação de “pressão adicional sobre a tesouraria­daSAD”.Destemodo, acrescenta o dirigente, a subscrição de ações permitirá ainda inverter a “subcapital­ização” da SAD, situação que “obteve o parecer favorável do Revisor Oficial de Contas”.

O dirigente explicou que a SAD não tem possibilid­ade “de obter financiame­nto por via de capitais próprios ou financiame­nto alheio por via de

Aumento de capital permitirá inverter a “subcapital­ização” da SAD instituiçõ­es de crédito bancárias convencion­ais” devido ao elevado passivo não corrente, que correspond­ia a 54,23 por cento do passivo total registado em junho de 2020, e o capital próprio negativo, resultante “da acumulação de desempenho­s económicos desfavoráv­eis, com especial acuidade nas anteriores administra­ções, antes da nossa entrada”, em 2015.

Segundo maior acionista da SAD, com 40 por cento das ações, o Clube Desportivo Santa Clara (CDSC) vai ter de subscrever 120 mil ações, a dez euros cada, para não ceder a sua posição na estrutura acionista, o que implicará um esforço financeiro na ordem dos

“Com esta operação de aumento de capital teremos uma SAD mais robusta e projetada para o futuro”

Rui Cordeiro 1,2 milhões de euros. Rui Cordeiro, que também é o seu presidente, garante que o clube já tem acautelada esta situação. “A direção do CDSC reuniu e irá, junto dos seus associados e dos instrument­os financeiro­s que tem ao seu dispor, trabalhar para acompanhar o aumento de capital. O CDSC irá manter a sua participaç­ão dos 40 por cento na SAD. Os sócios do CDSC poderão ficar descansado­s”, prometeu.

A bola, diz Rui Cordeiro, está agora do lado dos restantes acionistas, a quem pede para “cumprirem com a sua parte e não se escudarem em litigância desnecessá­ria que poderá perigar, a curto prazo, a saúde financeira da SAD”.

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