LAGE IMPÕE A SUA MARCA

INGLATERRA Após o 3-4-3 ou o 3-5-2 de Nuno, Wolves perdem com o Crewe (1-0) a jogarem no 4-4-2 que o treinador usava no Benfica

Jiménez jogou com uma proteção na cabeça e Trincão entrou decidido a impressionar com a sua reconhecida capacidade de drible. A “Alcateia” foi derrotada, mas deixou indicações positivas

Bruno Lage estreou-se ontem à frente do Wolverhampton com uma derrota por 1-0 num jogo de preparação em casa do Crewe Alexandra, emblema do terceiro escalão inglês. O único golo surgiu na segunda parte, apontado de calcanhar por Long.

Com ausências de peso a registar, como foram os casos de Rúben Neves, João Moutinho, Nélson Semedo, Adama Traoré ou Pedro Neto, entre outros, saltou à vista desde o início a mudança tática na equipa.

Com Nuno Espírito Santo, nas últimas quatro épocas, o

Wolves jogou quase sempre em 3-4-3 ou em 3-5-2, mas Bruno Lage parece querer impor na equipa o 4-4-2 clássico semelhante ao que usou no Benfica. Ontem, Fábio Silva e Jiménez formaram parceria na frente, com dois homens abertos nas alas (Trincão e Ait-Nouri) tendo dois laterais atrás de si. À frente do guarda-redes John Ruddy (José Sá ainda não se estreou), uma dupla de centrais formada por Boly e Kilman.

Naturalmente, o esquema ainda não se desenvolve com fluência, mas o novo treinador dos lobos tirou por certo ilações positivas, nomeadamente pelas ações desconcertantes de Trincão, que, pelo lado direito, foi o homem que mais desequilíbrios criou na equipa adversária.

Jiménez e Fábio Silva também mostraram potencial para brilhar em conjunto, com vários lances entre eles na área do Crewe: mexicano ainda atirou uma bola à barra (ver caixa).

O italiano Cutrone entrou então para o seu lugar, dispondo também de boas ocasiões. Faltou o último toque aos Wolves, no passe ou no remate, que saiu quase sempre deficiente. Quando tal não aconteceu, Jaaskelainen estava no sítio certo, negando o empate a Dadashov já muito perto do apito final.