Rosier atenua a aflição com os excedentários
SAÍDAS Leões querem evitar acumulação de dívida no reforço do plantel e o objetivo era vender primeiro. No entanto, até aqui, só Misic foi transferido deixando algum dinheiro em caixa (2 M€)
São 15 os jogadores que a SAD ainda tem de colocar para minimizar o investimento já feito e para deixar de ter os respetivos encargos com ordenados. Mas só três casos foram resolvidos até agora
Nos próximos dias a meta de Frederico Varandas e Hugo Viana, presidente e diretor desportivo do Sporting, é dar saída a mais excedentários, uma tarefa que está a revelarse complicada neste defeso. Com um total de 15 jogadores por colocar (mais Bruno Gaspar, que não entra nos planos, e é para resolver em dezembro quando terminar a sua cedência),querepresentamumacumulado de 47,7 M€ de investimento (50,4 contando Misic, já resolvido), o objetivo é tentar recuperar parte desse dinheiro, sabendo que em alguns casos será impossível com os jogadores desvalorizados. Em tempos de austeridade e de cortes nos verdes e brancos, os salários são um problema de tesouraria corrente que o leão quer resolver rapidamente. Esse era o plano no início de junho, mas que está, para já, a sair gorado.
Rosier, na iminência de se mudar para o Besiktas por 4,4 milhões de euros mais uma percentagem de venda futura, é uma atenuante à complexa situação e um balão de oxigénio que pode permitir até reinvestir no plantel (Esgaio e Vinagre já chegaram e falta ainda Ugarte).
Mas mesmo o encaixe de Rosier ficará abaixo do investido na sua aquisição (5 M€ mais o passe de Mama Baldé). Nos restantes dispensáveis tudo está, para já, bastante parado. Sporar foi recrutado por 6,5 M€, o Braga acolheuo por empréstimo mas descartou a sua continuidade e o Sporting negou uma possível cedência ao Besiktas para já, esperando que o jogo particular com o Angers possa ditar conversações pelo dianteiro.
O ex-Belenenses Eduardo foi resgatado por 3,4 M€ e tem interessados na Turquia, Itália e Brasil, enquanto Battaglia ainda é associado ao Alavés (que anseia por nova cedência) e Panathinaikos. A juntar a estes, o Sporting está desejoso de poder consumar as saídas de Rafael Camacho, recrutado por 5 M€ ao Liverpool, extremo que esteve no Rio Ave e que teve o Basileia a mostrar interesse na sua contratação; de Diaby, que tem sido associado ao Aris Salónica e cujo passe custou 5,5 M€, e do defesa vindo da formação, Ivanildo Fernandes, ligado ao Sassuolo.
Tiago Ilori custou 2,4 M€, Luiz Phellype 0,5 M€ e Doumbia 3,8 M€. Este trio, ao que O JOGO apurou, não tem tido pretendentes ativos a sondar os seus serviços, tornando-se casos mais bicudos por resolver. Tendo todos contrato até 2024 serão matéria a decidir, nem que seja para minimizar o impacto salarial, solução encontrada para Filipe Chaby e o avançado Pedro Mendes, cedidos ao Nacional e Rio Ave, respetivamente. Os empréstimos serão, em teoria, a hipótese mais viável.
Note-se que há vários jogadores a terminar contrato (ver informação no quadro em anexo), casos em que uma saída facilitada sem custos, mas garantindo uma percentagem de venda futura (como sucedeu recentemente com Riquicho, Francisco Geraldes, Gelson Dala, André Geraldes, Rafael Barbosa, Miguel Luís, e como está prestes a acontecer com Bruno Paz e Leonardo Ruiz), é uma solução que a SAD também perspetiva. Outros, como Lumor, associado ao Ferencváros, e Renan, já tentaram a rescisão, sem sucesso, porém. Entretanto, com o processo por concluir e o tempo a passar, são já vários os descartados por Rúben Amorim que trabalham à parte na Academia, à espera de uma solução.