O Jogo

Vendas tramam Amorim

Treinador quer um central e um atacante, mas o mercado só rendeu 2 M€

- FREDERICO BÁRTOLO

\\ Com a opção por Porro, Vinagre e Ugarte, gastos já chegam aos 25 M€

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Trabalho: técnico terá um plantel semelhante ao de 2020/21 e afina com jovens o fechar do grupo

Balança: ter Porro (8,5), Vinagre (10)

e Ugarte (6,5) custa 25 M€. Cautela é ordem

Um central, um jogador para o ataque, seja extremo ou avançado, e um médio, com Ugarte no topo da lista, eram os desejos, no entanto o dinheiro não dá para tudo neste momento

Rúben Amorim tem testado várias soluções nesta préépoca cumprindo os pedidos da Direção do Sporting, apostando nos jovens da formação pelo seu talento e pelo necessário controlo das finanças. O técnico, no entanto, sinalizou a vontade de contar com mais um central, com pelo menos um jogador para a frente de ataque, seja este um avançado ou extremo com peso, e com Ugarte para o meio-campo.

Todavia, a margem está curta para negociar. O investimen­to no reforço do plantel está dependente das vendas que a formação leonina faça neste defeso e até aqui o valor recebido está escasso, contando-se a venda de Misic ao Dínamo Zagreb por 2 M€ como único encaixe,umvalormui­toabaixodo que os leões projetavam nesta fase da pré-época, à beira da Supertaça.

Para a saída de Antunes o Sporting já resgatara Rúben Vinagre, mas terá de desembolsa­r dez milhões de euros no final da época graças ao empréstimo com cláusula obrigatóri­a e mais 8,5 M€ para exercer o direito de preferênci­a por Porro. Ora, se juntarmos a estes valores futuros Ugarte, num valor estimado de 6,5 M€ a pagar ao Famalicão, o Sporting terá de fazer contas a 25 M€ gastos neste trio. Será preciso cautela em investir num central para substituir Eduardo Quaresma, que foi cedido ao Tondela com a ideia de amadurecer o seu potencial, e nalgum jogador da frente para apetrechar o bloco ofensivo para atacar tantas competiçõe­s.

Tudo isto não significa que o Sporting não avance para o reforço de plantel, no entanto a estratégia tem sido de contenção. Os leões sabem que terão de fazer uma grande venda para poder atacar todos os lugares pedidos por Rúben Amorim. Como João Palhinha e Nuno Mendes estão, atualmente, mais perto de continuar de leão ao peito, Rúben Amorim deverá ter os principais ativos de 2020/21 para atacar a Liga dos Campeões e o bicampeona­to, contando apenas com as entradas de Vinagre e Esgaio, mas haverá pouco espaço para manobrar no mercado e a preferênci­a deve recair em soluções promissora­s e a custo zero – como Gonçalo Esteves e Marsà.

De vendas, para já, só Rosier está encaminhad­o para o Besiktas (ver caixa). Battaglia, que aufere 1,4 M€ por ano, foi ontem associado ao Osasuna e o Alavés continua também na peugada do médio, perspetiva­ndo-se um encaixe de 3 M€ pelo argentino. Os leões acreditam também poder negociar Sporar por pelo menos 4 M€, poupando no salário alto do avançado. As definições destes transferív­eis ditarão a ida às compras, mas dificilmen­te haverá dinheiro para todas as posições pretendida­s.

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