Hamilton lidera a corrida dos milhões
Heptacampeão mundial mais do que duplica o salário do segundo mais bem pago, Verstappen, atual líder do campeonato
Piloto britânico mantém a dianteira numa classificação cujo comando assumiu em 2014 - ano em que ultrapassou Alonso - para não mais o largar. Espanhol voltou à F1 e é o terceiro mais bem pago
Em 2021, Lewis Hamilton volta ser o piloto mais bem pago da Fórmula 1, algo que sucede consecutivamente desde 2014, mas a notícia não é apenas essa, pois de acordo com os valores divulgados pela revista financeira “Forbes”, deixa toda a concorrência a larga distância, incluindo os dois ocupantes imediatos deste top-10, Max Verstappen e Fernando Alonso (cerca de 36 milhões de euros e 21 milhões, respetivamente). O britânico que já se sagrou campeão mundial por sete vezes deverá arrecadar um total próximo aos 53 milhões de euros, verba suportada em grande medida no salário de 47 milhões de euros anuais, consequência da renovação contratual com a Mercedes. No início do mês, piloto e equipa assinaram novo vínculo que valerá a Hamilton 140 milhões de euros por esta temporada e as duas seguintes.
Os ganhos anunciados pela Forbes baseiam-se não só nos salários dos pilotos mas também nas projeções de resultados, daí que a Lewis Hamilton, segundo classificado do Mundial, sejam atribuídos seis milhões de euros em bónus, abaixo dos 14,5 milhões do holandês Verstappen, líder da classificação. A diferença é, no entanto, somente de oito pontos a 12 corridas do fim, mas as previsões deixam o britânico da Mercedes aquém dos 56 milhões de euros que arrecadou no ano passado.
O terceiro posto de Fernando Alonso não deixa de ser surpreendente. O espanhol esteve dois anos ausente da Fórmula 1, competindo em diferentes categorias do automobilismo, como IndyCar, Mundial de Resistência ou Dakar, mas isso não foi obstáculo a que tivesse conseguido um grande contrato - superior a 21 milhões de euros - no ano de estreia da Alpine.
Recorde-se que a Fórmula 1 passou a ter tetos orçamentais, numa tentativa de controlar os custos das escuderias e, também, de introduzir um elemento de maior equilíbrio. Assim, para a temporada de 2021, esse limite orçamental é de 132 milhões de euros, mas este valor não inclui os salários dos pilotos, pelo que as equipas mais poderosas continuarãoacontarcomosmelhores. A partir de 2022, altura em que os regulamentos vão mudar e os carros sofrerão alterações importantes, o teto baixa para os 117,5 milhões. O valor não afeta particularmente as equipas mais modestas mas sim as maiores, casos de Mercedes, Ferrari e Red Bull, cujo investimento estimado era de 400 milhões de euros.