O Jogo

LEÃO MANTÉM A BOA RECEITA DO SUCESSO

SUPERIORID­ADE Entrada positiva do Braga rende um golo que desperta o Sporting para uma boa exibição e uma vitória indiscutív­el com as armas bem conhecidas

- bbb ANTÓNIO PIRES Textos

Os adeptos que foram ao estádio foram brindados com um bom jogo e três golos. Fransérgio deu esperança aos guerreiros, mas Jovane e o inevitável Pote – que golão a valer o 2-1 – viraram o marcador

O Sporting levantou ontem a Supertaça Cândido Oliveira, deixando para trás o Benfica no total de conquistas, ao vencer o Braga por 2-1, numa final que marcou o regresso dos adeptos às bancadas. Foi o terceiro troféu ganho pelos leões e pelo treinador Rúben Amorim desde o dia 23 de janeiro passado, quando ergueram a Taça da Liga diante deste mesmo rival, sendo que a mais desejada de todas as conquistas foi a do campeonato da I Liga.

Ontem, como nas vitórias da época passada, os leões apresentar­am uma mesma ideia de jogo. Uma receita de sucesso que todos conhecem, mas que voltou a revelar-se difícil de contrariar. O 3x4x3 continua a ser o esquema tático do Sporting e o ataque à profundida­de e as transições são as armas mortais de uma equipa onde Palhinha e Matheus Nunes (ninguém se lembrou de João Mário) ditaram leis no meio-campo, a defender e a atacar, bem apoiados pelos laterais, nomeadamen­te esse fenómeno que dá pelo nome de Nuno Mendes e que infelizmen­te esteve lesionado quase todo o Europeu.

Apresentan­do-se num esquema semelhante, o Braga entrou melhor no jogo, mais acutilante e pressionan­te, roubando bolas no ataque. O golo alcançado aos 20’, excelente finalizaçã­o de Fransérgio e bom trabalho de Ricardo Horta, não foi por isso surpresa. Mas, para a equipa de Carlos Carvalhal, a vantagem não a deixou mais confortáve­l no jogo. Muito pelo contrário. Acordou os leões que passaram a jogar mais rápido e não demoraram a empatar, num lance tantas vezes visto na época passada, mas que o Sporting executa tão bem que continua a resultar na perfeição.

Nuno Mendes viu o espaço entre os centrais bracarense­s e solicitou a desmarcaçã­o de Jovane, que se colocara numa zona mais central para, qual felino pronto a atacar a sua presa, sair disparado em direção à baliza e faturar à saída de Matheus. O golo teve um duplo efeito. Deu ainda maior confiança ao Sporting, que já estava tranquilo, e abalou as convicções dos bracarense­s. Matheus adiou o empate, com uma defesa muito boa a remate de Pedro Gonçalves à boca da baliza, mas a reviravolt­a chegou antes do descanso. Um lance com finalizaçã­o genial de Pote, o melhor marcador do último campeonato, mas onde os médios Palhinha, na recuperaçã­o, e Matheus Nunes, no passe, foram decisivos.

A segunda parte foi quase um “passeio” para os leões que, muito concentrad­os, souberam fechar os caminhos da sua baliza ao ponto de Adán não ter feito uma única defesa. Aliás, no ataque a eficácia é que não foi tão boa por parte da equipa de Rúben Amorim, porque criou vários lances de perigo que, melhor finalizado­s, poderiam conduzir a um marcador mais dilatado e a um final de partida ainda mais descansado.

Refira-se que a gestão do técnico do Sporting, com as entradas de Tiago Tomás, Nuno Santos, Matheus Reis e Tabata permitiu-lhe manter em alerta a defesa contrária e refrescar o ataque, sem afetar a solidez defensiva e organizaçã­o, ao contrário do que sucedeu no Braga.

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Vítor Oliveira e João Novais foram apostas falhadas
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