LEÃO MANTÉM A BOA RECEITA DO SUCESSO
SUPERIORIDADE Entrada positiva do Braga rende um golo que desperta o Sporting para uma boa exibição e uma vitória indiscutível com as armas bem conhecidas
Os adeptos que foram ao estádio foram brindados com um bom jogo e três golos. Fransérgio deu esperança aos guerreiros, mas Jovane e o inevitável Pote – que golão a valer o 2-1 – viraram o marcador
O Sporting levantou ontem a Supertaça Cândido Oliveira, deixando para trás o Benfica no total de conquistas, ao vencer o Braga por 2-1, numa final que marcou o regresso dos adeptos às bancadas. Foi o terceiro troféu ganho pelos leões e pelo treinador Rúben Amorim desde o dia 23 de janeiro passado, quando ergueram a Taça da Liga diante deste mesmo rival, sendo que a mais desejada de todas as conquistas foi a do campeonato da I Liga.
Ontem, como nas vitórias da época passada, os leões apresentaram uma mesma ideia de jogo. Uma receita de sucesso que todos conhecem, mas que voltou a revelar-se difícil de contrariar. O 3x4x3 continua a ser o esquema tático do Sporting e o ataque à profundidade e as transições são as armas mortais de uma equipa onde Palhinha e Matheus Nunes (ninguém se lembrou de João Mário) ditaram leis no meio-campo, a defender e a atacar, bem apoiados pelos laterais, nomeadamente esse fenómeno que dá pelo nome de Nuno Mendes e que infelizmente esteve lesionado quase todo o Europeu.
Apresentando-se num esquema semelhante, o Braga entrou melhor no jogo, mais acutilante e pressionante, roubando bolas no ataque. O golo alcançado aos 20’, excelente finalização de Fransérgio e bom trabalho de Ricardo Horta, não foi por isso surpresa. Mas, para a equipa de Carlos Carvalhal, a vantagem não a deixou mais confortável no jogo. Muito pelo contrário. Acordou os leões que passaram a jogar mais rápido e não demoraram a empatar, num lance tantas vezes visto na época passada, mas que o Sporting executa tão bem que continua a resultar na perfeição.
Nuno Mendes viu o espaço entre os centrais bracarenses e solicitou a desmarcação de Jovane, que se colocara numa zona mais central para, qual felino pronto a atacar a sua presa, sair disparado em direção à baliza e faturar à saída de Matheus. O golo teve um duplo efeito. Deu ainda maior confiança ao Sporting, que já estava tranquilo, e abalou as convicções dos bracarenses. Matheus adiou o empate, com uma defesa muito boa a remate de Pedro Gonçalves à boca da baliza, mas a reviravolta chegou antes do descanso. Um lance com finalização genial de Pote, o melhor marcador do último campeonato, mas onde os médios Palhinha, na recuperação, e Matheus Nunes, no passe, foram decisivos.
A segunda parte foi quase um “passeio” para os leões que, muito concentrados, souberam fechar os caminhos da sua baliza ao ponto de Adán não ter feito uma única defesa. Aliás, no ataque a eficácia é que não foi tão boa por parte da equipa de Rúben Amorim, porque criou vários lances de perigo que, melhor finalizados, poderiam conduzir a um marcador mais dilatado e a um final de partida ainda mais descansado.
Refira-se que a gestão do técnico do Sporting, com as entradas de Tiago Tomás, Nuno Santos, Matheus Reis e Tabata permitiu-lhe manter em alerta a defesa contrária e refrescar o ataque, sem afetar a solidez defensiva e organização, ao contrário do que sucedeu no Braga.