O Jogo

Carlos Carvalhal “Fomos até à última pinga de suor”

Sem opções para explorar o jogo interior, a estratégia foi diferente. “Tinha de ser com o coração. Quem não tem cão caça com gato”, admite

- MARCO GONÇALVES

“Entrámos bem no jogo. Marcámos o 1-0 e o 1-1 é um momento crítico. E sofremos o 2-1 num lance de génio” “As limitações não eram poucas. Dadas as circunstân­cias, apresentám­os um nível muito bom” “Quando se metem muitos avançados, não é bom sinal. Não ligam tanto o jogo. Não é a forma de que gosto de atacar” “Fizemos um ano muitíssimo bom. O quarto lugar é o objetivo mínimo. Abaixo é mau, acima é excelente” “Benfica, FC Porto e Sporting fizeram investimen­tos significat­ivos e estarão mais fortes” “Não estamos no mesmo plano. Agora, no campo vamos à luta. No último ano diminuímos as diferenças de forma brilhante. Vamos tentar o mesmo”

Claro sobre os objetivos arsenalist­as, o técnico aponta do quarto lugar para cima e defende que o clube só pode “dar o passo definitivo” para crescer “quando houver equidade nos direitos televisivo­s”

Sem “desvaloriz­ar a justa vitória do Sporting”, Carlos Carvalhal gostou da sua equipa frente ao campeão, num jogo em que “as limitações não eram poucas”. Contabiliz­ando sete ausências de “jogadores importante­s”, destacou a atitude e a boa entrada em campo, lamentando o peso do golo do empate. “Entrámos bem no jogo, o Sporting teve dificuldad­e para entrar na nossa estrutura. Chegámos ao 1-0, e depois há um momento crítico, sofrer o 1-1, num lance para o qual estávamos avisados. E antes do intervalo sofremos o 2-1 num lance de génio de um grande jogador”, atirou, reforçando: “Sabíamos que o Sporting, em vantagem e em ataque rápido, podia criar jogo, mas tivemos coração, fomos até à última pinga do suor.”

Perante as muitas baixas, Carvalhal prometeu um Braga “mais forte” para o futuro.

“Dadas as circunstân­cias, apresentám­os um nível muito bom. Ter-nos-á faltado um upgrade de capacidade técnica e de jogo interior, teríamos mais jogo e perfume”, referiu, explicando: “Sabíamos que tinha de ser pelo coração. Quando se mete muitos avançados, normalment­e não é bom sinal. Não ligam tanto o jogo. Não é a forma de que gosto de jogar, mas quem não tem cão caça com gato.”

Sobre os objetivos para 2021/22, foi claro. “Fizemos um ano muitíssimo bom. O quarto lugar é o objetivo mínimo, o que seja abaixo é uma época má, o que for acima é uma época excelente. Este é o nosso posicionam­ento natural”, disse, visando a questão dos direitos televisivo­s: “Temos de vender jogadores, criar mais-valias e ter engenho e arte para valorizar a equipa, até ao dia em que os direitos sejam centraliza­dos e possa haver maior equidade. Aí sim o Braga poderá pensar em dar um passo definitivo mais acima.”

“Benfica, FC Porto e Sporting fizeram investimen­tos significat­ivos e estarão mais fortes. O Sporting consegue recrutar jogadores ao Braga, não peçam que a nossa equipa esteja no mesmo plano. Não está. Agora, no campo vamos à luta. No último ano diminuímos as diferenças de forma brilhante e este ano vamos tentar fazer o mesmo”, prometeu.

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Carlos Carvalhal aplaudiu a sua equipa mas salientou as sete baixas no seu plantel

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