O Jogo

CARGA INICIAL ACABA COM UM TOQUE A REUNIR

Jesus geriu os recursos a pensar na Champions e as águias chegaram aos golos nos primeiros 20 minutos. Expulsão de Diogo Gonçalves fez o Moreirense acreditar

- Textos BRUNO FILIPE MONTEIRO

Vantagem benfiquist­a ao intervalo não foi superior (2-1) por causa de Pasinato, a trave e Rafael Martins. Cónegos cresceram após o descanso, mas só ameaçaram por uma ocasião a baliza de Vlachodimo­s

As épocas são diferentes, uma boa parte dos protagonis­tas de ambos os lados também, mas o Benfica conseguiu vencer, ontem, num estádio onde nenhumdos crónicos candidatos ao título passou em 2020/21. Nem tão pouco o Braga. Fê-lo à custa de uma entrada dominadora no encontro, que se traduziu na obtenção de dois golos em 20 minutos, suficiente­s para superar um Moreirense obstinado, embora incapaz de perturbar Vlachodimo­s quando Jorge Jesus fez soar o toque a reunir. O sinal surgiu depois da expulsão de Diogo Gonçalves (56’) e obrigou o treinador a ir ao banco resgatar mais cedo alguns dos elementos que havia poupado a pensar na segunda mão da terceira eliminatór­ia da Liga dos Campeões, com o Spartak de Moscovo, necessário­s para garantir um arranque triunfal no campeonato pela oitava temporada seguida.

Os mais de 70 por cento de posse de bola que apresentav­a ao intervalo são um espelho fiel da superiorid­ade do Benfica neste período… e da postura do Moreirense. A equipa de João Henriques surgiu num bloco baixo, mas nem assim foi capaz de suster a dinâmica ofensiva dos encarnados, que tiveram em Gonçalo Ramos e Diogo Gonçalves dois elementos desestabil­izadores. O avançado conquistou o canto do qual resultaria o 1-0, obtido por Lucas Veríssimo, na sequência de mau alívio de Abdu Conté, e ainda viu um remate ser desviado por Mateus Pasinato para a trave. O lateral-direito fez a assistênci­a para o 2-0, da autoria de Waldschmid­t, após um corte incompleto de Rosic, e também incomodou o guarda-redes dos cónegos perto da saída para o descanso. Pelo meio pouco se viu do Moreirense, com exceção do golo de Rafael Martins, num dos raros lapsos defensivos dos encarnados, até porque Filipe Soares e Fábio Pacheco estiveram quase sempre mais preocupado­s em perturbar a ação de Meité e Taarabt do que em ter bola.

A desvantage­m magra, contudo, revelou um Moreirense com outra disposição no segundo tempo. O Benfica passou a sentir mais dificuldad­es para sair a jogar pelas duas unidades do miolo e a solução passou a ser procurar Gonçalo Ramos em profundida­de. Principalm­ente após a expulsão de Diogo Gonçalves, num dos lances que mereceram a intervençã­o do VAR. Jesus ainda tentou alterar a tendência, emparelhan­do Weigl e Meité com o objetivo de obter algum critério, mas sem grande sucesso. No entanto, as alterações tiveram o mérito de ir mantendo Vlachodimo­s protegido. O Moreirense teve algumas aproximaçõ­es ameaçadora­s à área do grego, mas só por uma vez é que o obrigou a aplicar-se. Gil Dias distraiuse, Ismael rompeu pelo lado direito e atirou para defesa do guarda-redes.

Estávamos então a 20 minutos do fim, mas o tempo foi passando e os cónegos começaram a precipitar algumas ações. Uma delas ( lançamento lateral atrasado de Pires), ofereceu a Gonçalo Ramos a oportunida­de de matar o encontro. No entanto, Mateus Pasinato agigantou-se no frente a frente com o internacio­nal português e manteve a incerteza até ao apito final.

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Diogo Gonçalves acabou expulso por falta sobre Conté
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