O Jogo

“Os reforços não são para o meu quintal”

Treinador lembra a difícil situação financeira e frisa que não é o responsáve­l pelas negociaçõe­s. Manter a base da 2020/21 é um objetivo

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Frontal, Sérgio Conceição admitiu não saber se há capacidade para reforçar o plantel. Manter o núcleo duro, por seu lado, obriga a um “trabalho meticuloso” para “surpreende­r os jogadores”

No regresso às conferênci­as de Imprensa no Olival, o mercadonão­ficouàport­a.Sérgio Conceição não aprofundou o tema, mas fez questão de esclarecer alguns pontos quando questionad­o se o reforço do plantel estava posto de parte. “Não sou diretor financeiro. Sei que o clube atravessa uma situação muito difícil, não sei se há capacidade. Vejo muita vezes escrito que tenho de ir buscar um lateral, um avançado ou um médio... mas não tenho de ir buscar ninguém. Já tenho cinco filhos que jogam no jardim e dão-me um trabalho dos diabos. Os jogadores não são para mim, para jogarem no meu quintal. São para jogar no FC Porto. Não sou eu que os compro”, frisou o treinador, que pode “dar uma opinião mais técnica”, mas só isso: “Depois há um desenvolvi­mento no qual não estou por dentro disso, as negociaçõe­s. E, às vezes o clube não é capaz, por este ou aquele motivo, de chegar ao que queremos.” Já em matéria de saídas, Sérgio assumiu o desejo de “manter os jogadores imprescind­íveis, os que fazem parte da base do ano passado”, porém, sabe que não é possível “virar a cara à à chegada de algum clube que pode bater a cláusula de rescisão”. “Somos mais vendedores do que compradore­s”, resumiu.

No mesmo sentido, manter essa base de 2020/21 é um benefício ao qual os dragões “não se podem agarrar”. “Temos de surpreende­r os jogadores com coisas diferentes, um trabalho mais meticuloso. A base é a mesma, mas é mais difícil porque temos de dar coisas diferentes e conseguir que todos pensem da mesma forma. A equipa define-se quando um central sabe o que vai fazer o avançado, ou um lateral sabe o que o médio procura. Todos têm de pensar da mesma forma, mesmo os que estão em casa a ver na televisão e não foram convocados”, reforçou Sérgio Conceição, que volta a ver uma luta pelo título a “quatro” e com um favorito: “O Sporting, porque foi campeão. Temos de fazer o nosso trabalho para reconquist­ar esse títulos que nos pertenceu.”

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Sérgio Conceição gostava de manter a base da equipa da temporada passada

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