PRAGMATISMO EM TONS DE AZUL BEBÉ
Petit parte para a Liga Bwin com mais gente nova e o mesmo pragmatismo que tem mantido a equipa a salvo de aflições, a defender-se bem
Preparados para “sofrer” no Dragão e de olho numa vitória, os jovens que dão corpo a mais um Belenenses reinventado por Petit sabem que terão de ser “muito inteligentes” para fintar o FC Porto
Petit parte para o terceiro campeonato no Belenenses - o segundodeinício-semsequeixardasregrasdacasaonde,desdeoprimeirodia,soubeencontrar em jogadores muito jovens qualidade para manter o emblema da SAD no escalão principal. Pragmático, o outrora médio de excelência, 44 anos, reinventou mais uma equipa com “muita juventude”, designadamente, com uma “defesa praticamente toda nova”, e que não escapará às “dores de crescimento”, mas está decidida a disfarçá-las para enfrentar o FC Porto.
O treinador tenta fazer deste azul bebé uma nova versão do coletivo que, na época passada, se distinguiu pela solidez defensiva, o ponto de partida para a construção do sucesso. Neste caso, com o desejo de que a produção ofensiva seja capaz de acompanhar e até fazer justiça à capacidade de segurar o ponto com que se parte para cada jogo. “Perdemos muitos jogadores importantes que já conheciam bem os nossos processos. Este ano, temos uma defesa praticamente nova, mas não vamos fugir muito daquilo que era a nossa imagem no ano passado. Temos um plantel muito jovem e há que dar tempo aos jogadores, mas, sabendo que no futebol não há tempo, queremos dar já uma boa resposta e trazer os três pontos. Sabemos que vamos ter de sofrer, mas estamos preparados”, assegurou Petit, que diz ter, hoje, mais ferramentas para fazer crescer o jogo ofensivo do Belenenses. “Tínhamos o Cassierra, o Miguel Cardoso e Varela que jogavam e o Chico que entrava muitas vezes, este ano temos mais opções com o Ndour, o Luís Mota e o Pedro Nuno. Queremos ser mais equilibrados. Continuar com a coesão na defesa e melhorar no ataque”. De resto, não é adepto de um futebol defensivo. As circunstâncias ditam o pragmatismo e é nessa perspetiva que Petit encara o jogo: “Hoje em dia, todas as equipas estão a trabalhar saídas de bola e querer mostrar um futebol positivo, mas a liga é feita de pontos e temos de ser inteligentes”.
“Era como ir a um casamento e não ter convidados. A essência do futebol é ter massa humana nas bancadas a apoiar as equipas”
“O FC Porto gosta de ter bola, tem bons processos que já estão muito bem definidos e reforçouse” Petit Treinador do Boavista