O Jogo

“Ainda custa a acreditar”

ALEJANDRO MARQUE Galego temia a Torre e pensou na mãe e na avô rumo à vitória de sonho

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Corredor da Atum GeneralTav­ira só no hotel iria ter consciênci­a do seu feito e pensar que hoje tem uma etapa dura rumo à Guarda. “As vitórias são muito difíceis. Temos de as saborear”, explicou

Quando entrou na reta da meta,AlejandroM­arquesorri­u e colocou uma mão na cabeça. A vitória mais inesperada estava ali, a umas centenas de metros. “Foi o dia com que sempre sonhei. Vencer na Torre é o desejo de qualquer ciclista que está na Volta a Portugal. Quando levantei os braços, passaram-me muitas coisas pela cabeça, ainda não tive tempo de acreditar”, comentou, de sorriso ainda mais aberto, depois de vestir de amarelo. O galego que corre há 18 anos em Portugal demorou a acreditar que podia subir a Serra da Estrela com os primeiros e festejou de forma sentida. “Pensei na minha mãe, que morreu depois de eu ganhar a Volta a Portugal. Anos depois, faleceu a minha avó, que era como outra mãe para mim. Foram os dois golpes mais duros que tive na família e nos últimos dois quilómetro­s ia-me lembrando delas. E na minha mulher, que está sempre a apoiar-me”, contou, explicando o dedo apontado ao céu durante os festejos da vitória. “Vamos dia a dia, a Volta é comprida e os rivais estão fortes. Por agora, tenho a amarela, vou desfrutar dela”, completou, não pensando ainda na etapa de hoje, com três montanhas nos quilómetro­s finais .“Vou saborear. As vitórias são muito difíceis e a minhaúltim­a tinha si doem 2018, na China”.

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Alejandro Marque já tinha saudades da camisola amarela

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