O Jogo

LABORATÓRI­O MINHOTO ANIQUILOU O TRAUMA

Se a primeira parte foi insossa, após o intervalo o Braga chegou com facilidade ao triunfo num palco historicam­ente difícil. Raul Silva e Ricardo Horta marcaram de bola parada

- Textos TOMAZ ANDRADE

Entrada de Galeno na segunda parte revelou-se fundamenta­l para a supremacia dos minhotos. Ricardo Horta assinou um momento mágico com um golo de livre direto

O Braga corrigiu a exibição na segunda parte e ainda foi bem a tempo de agarrar uma vitória importante na jornada inicial do campeonato, não só porque recuperou os índices de confiança depois da derrota da Supertaça, mas também porque contornou o trauma dos maus resultados obtidos em casa do Marítimo nos últimos anos. Dois golos em lances de bola parada, apontados por Raul Silva e Ricardo Horta dentro do minuto 60, deixaram os insulares sem reação. O momento alto foi mesmo o livre cobrado de forma exemplar pelo capitão arsenalist­a, tanto assim que Miguel Silva nem conseguiu esboçar uma reação.

Ainda que disputada com intensidad­e, a primeira parte mostrou duas equipas sem grande inspiração junto das balizas e também cedo se percebeu que o relvado não ia facilitar. Houve, essencialm­ente, uma tentativa de controlo das operações na zona intermédia e, por poucas vezes, os guarda-redes Miguel Silva e Matheus foram chamados a intervir. Para complicar a tarefa dos treinadore­s, Joel Tagueu (18’) e Sequeira (21’) saíram lesionados. Carlos Carvalhal fez três alterações em relação à Supertaça (Piazon, Fábio Martins e Mario González nos lugares de André Horta, Galeno e Abel Ruiz), o que motivou o recuo de Fransérgio, e também mexeu na estrutura tática. O 3x4x3 habitual deu lugar a um esquema mais parecido a um 4x2x3x1.

Com seis reforços no onze, o Marítimo não disfarçou a falta de entrosamen­to e viveu de iniciativa­s individuai­s.

Na segunda parte, Fabiano foi para a esquerda e Tiago Esgaio para a direita, o que, aliado à entrada de Galeno, permitiu ao Braga instalar-se no meio-campo adversário. A circulação de bola baralhou as marcações insulares, o perigo começou a rondar Miguel Silva e, num ápice, os tais golos em lances de bola parada resolveram o jogo.

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Mario Gonzalez tenta marcar, mas Miguel Silva opõe-se com qualidade

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