Bloco russo sem força para águias
Em desvantagem na eliminatória, o Spartak nunca foi capaz de evidenciar força suficiente para virar o resultado. Rui Vitória montou a equipa como um bloco para tentar travar as águias, e apesar de Umyarov e Zobnin até terem conseguido bloquear parte do jogo interior, faltou depois criatividade para conseguir chegar em posição decisiva à baliza de Vlachodimos.
Defesa Maksimenko até teve pouco trabalho, cumprindo naquilo a que foi chamado a fazer – vendo os dois golos entrarem após desvios nos defesas. O lateral-direito Rasskazov, tal como Ayrton por vezes no flanco contrário, fechou muito ao meio, colando-se aos centrais, mas nem assim foi garante total de certeza. E Ayrton ainda foi o único que foi tentar criar perigo, raras vezes, à frente. Já os centrais tiveram a infelicidade de ficarem ligados ao 2-0, numa autêntica carambola que deu o autogolo de Gigot.
Meio campo Umyarov e Zobnin ainda foram conseguindo dar consistência ao miolo, impedindo o jogo interior das águias. Contudo, na organização nunca foram lúcidos e rápidos o suficiente para criar jogo para o ataque. Nas alas, Bakaev e Lomovitski foram mais... laterais do que extremos. Mais preocupados em defender, não ameaçaram Diogo Gonçalves e Grimaldo. Král deu agressividade ao miolo e Mirzov fez um disparo, mas sem perigo.
Ataque Desta feita com uma dupla de ataque, o Spartak não conseguiu, porém, fazer estragos. Ponce foi batalhador, mas não teve veleidades ante os centrais das águias. Larsson também foi apagado pela defesa encarnada, surgindo apenas aos 53’, com um tiro de fora da área, para defesa segura de Vlachodimos. Sobolev e Ignatov tiveram o mesmo destino: pouco espaço e sem oportunidades para fazer mossa.