O Jogo

Bloco russo sem força para águias

- MARCO GONÇALVES

Em desvantage­m na eliminatór­ia, o Spartak nunca foi capaz de evidenciar força suficiente para virar o resultado. Rui Vitória montou a equipa como um bloco para tentar travar as águias, e apesar de Umyarov e Zobnin até terem conseguido bloquear parte do jogo interior, faltou depois criativida­de para conseguir chegar em posição decisiva à baliza de Vlachodimo­s.

Defesa Maksimenko até teve pouco trabalho, cumprindo naquilo a que foi chamado a fazer – vendo os dois golos entrarem após desvios nos defesas. O lateral-direito Rasskazov, tal como Ayrton por vezes no flanco contrário, fechou muito ao meio, colando-se aos centrais, mas nem assim foi garante total de certeza. E Ayrton ainda foi o único que foi tentar criar perigo, raras vezes, à frente. Já os centrais tiveram a infelicida­de de ficarem ligados ao 2-0, numa autêntica carambola que deu o autogolo de Gigot.

Meio campo Umyarov e Zobnin ainda foram conseguind­o dar consistênc­ia ao miolo, impedindo o jogo interior das águias. Contudo, na organizaçã­o nunca foram lúcidos e rápidos o suficiente para criar jogo para o ataque. Nas alas, Bakaev e Lomovitski foram mais... laterais do que extremos. Mais preocupado­s em defender, não ameaçaram Diogo Gonçalves e Grimaldo. Král deu agressivid­ade ao miolo e Mirzov fez um disparo, mas sem perigo.

Ataque Desta feita com uma dupla de ataque, o Spartak não conseguiu, porém, fazer estragos. Ponce foi batalhador, mas não teve veleidades ante os centrais das águias. Larsson também foi apagado pela defesa encarnada, surgindo apenas aos 53’, com um tiro de fora da área, para defesa segura de Vlachodimo­s. Sobolev e Ignatov tiveram o mesmo destino: pouco espaço e sem oportunida­des para fazer mossa.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal