O Jogo

JOÃO MÁRIO ACENDE A LUZ

Jesus: “Conforto dado pelos adeptos foi importante”

- bbb SÉRGIO ANDRÉ Textos

O Spartak só absorveu meia aula. Defensivam­ente esteve melhor, mas faltou-lhe capacidade ofensiva para ferir o adversário. João Mário voltou a estar em destaque na estreia de Yaremchuk

Metade do trabalho está feito. O Benfica venceu o Spartak por 2-0 e confirmou de forma clara o triunfo conquistad­o na última semana em Moscovo. Tudo somado, as águias marcaram quatro golos ao emblema de Moscovo e não sofreram. A equipa atinge o play-off de acesso à Champions, onde irá medir forças com os holandeses do PSV, numa eliminatór­ia que se prevê com um grau de dificuldad­e superior a esta.

Como se antevia, Jorge Jesus mudouaequi­padomeio-campo para a frente e o Benfica controlou como quis o adversário. Weigl e João Mário articulara­m-se bem no meiocampo; Rafa voltou a dar velocidade ao setor ofensivo e Gonçalo Ramos, embora não tenha tido o rendimento evidenciad­o no último fim de semana, em Moreira de Cónegos, foi sempre um elemento destabiliz­ador, obrigando a defesa adversária a uma constante atenção aos seus movimentos. Pizzi, à direita, terá sido a pedra com menor influência no rendimento global do conjunto.

O Spartak precisava de marcar pelo menos dois golos no Estádio da Luz para discutir a eliminatór­ia, mas a equipa nunca demonstrou capacidade para tal. Rui Vitória apresentou uma equipa mais retraída, num 4x4x2, com linhas muito juntas, difíceis de romper durante toda a primeira parte. Defensivam­ente, o Spartak parecia ter a lição bem estudada, com muitos jogadores no seu meio-campo, o que dificultou as penetraçõe­s de Rafa e companhia. Meia aula tinha sido absorvida, mas faltava a outra metade: capacidade para ferir a defesa ou a organizaçã­o defensiva do Benfica. A equipa falhou redondamen­te nesse objetivo, nunca conseguind­o agredir o adversário. O Spartak não foi ousado em termos ofensivos e não estendeu o seu jogo como precisava. As poucas iniciativa­s que teve foram invariavel­mente resolvidas, até com alguma facilidade, pelos defesas e médios da equipa da Luz. O dispositiv­o moscovita vacilou ligeiramen­te na segunda metade e o Benfica encontrou espaços para criar lances de perigo. Os golos apareceram com naturalida­de. Sempre com João Mário na organizaçã­o e a pautar o ritmo de jogo, as águias chegaram à vantagem. Diogo Gonçalves encontrou espaço na direita, cruzou, Rafa tentou o desvio, mas a bola sobrou para João Mário abrir o marcador e dar a tranquilid­ade que a equipa necessitav­a para o resto do jogo – se é que precisava...

Ao cair do pano, e já depois de ter chamado Yaremchuk (entrou aos 65’) à partida para jogar os primeiros minutos de águia ao peito, Jorge Jesus viu a sua equipa fechar a contagem. O ucraniano picou a bola para o ex-Sporting, este devolveu o passe ao avançado, que rematou e com muita sorte pelo meio, viu a bola desviar em dois adversário­s (centrais do Spartak) e parar no fundo das redes de Maksimenko.

As alterações feitas de um lado e do outro pouca influência tiveram no futebol jogado pelas equipas. Nas contas da Luz, segue-se o PSV. Mais uma eliminatór­ia decisiva para chegar aos milhões da Champions.

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PSV afastou Midtjyllan­d e é o adversário do play-off
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Rafa contribui a nível ofensivo e até a fechar atrás
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