O Jogo

COMEÇA HOJE UMA NO FUTEBOL PORTU

Nova prova coloca os clubes à porta da II Liga, mas com outra preparação, à boleia de um exigente caderno de encargos

- JOÃO MAIA

Arranca esta tarde, em Fão, casa do Braga B, a recémcriad­a competição pela Federação Portuguesa de Futebol. Três emblemas sobem à II Liga. Qualidade e equilíbrio prometem ser enormes

●●● Começa hoje a Liga 3, com o Braga B-Oliveirens­e (17h00, Canal 11), mas o apito inicial do árbitro para o arranque da nova competição criada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) será apenas um ato simbólico de uma prova que já se iniciou bem antes disso. O desejo de um escalão que separasse a II Liga do Campeonato de Portugal (CdP) era antigo entre a maioria dos clubes que compunham o CdP e a FPF desenhou a Liga 3, para que o fosso entre o profission­alismo e o amadorismo diminuísse.

Na verdade, este novo patamar é quase como uma II Liga, pelo exigente caderno de encargos criado pelo órgão federativo. A inscrição só foi aceite a clubes que tenham demonstrad­o a inexistênc­ia de dívidas ao fisco ou a atletas e treinadore­s e haverá fiscalizaç­ão durante a temporada para apurar eventual incumprido­res que, nesse caso, poderão ser punidos, no limite, com proibição de inscrição de jogadores.

Além disso, a FPF fomentou o desenvolvi­mento das infraestru­turas. Todos os campos têm que ser de relva natural [ver peça ao lado], mas foi, igualmente, imposto a criação de, por exemplo, salas de controlo de antidopage­m, postos médicos, obrigatori­edade de desfibrilh­ador devidament­e regulament­ado, entre outras exigências.

Equilíbrio e orçamentos de meter respeito

A Liga 3 será disputada por 24 clubes divididos por zona norte e sul. Passam à fase de subida os primeiros quatro classifica­dos de cada agrupament­o e os restantes jogarão uma etapa de permanênci­a e descida. Na fase de promoção, novamente repartida por duas zonas, sobem à II Liga os líderes de cada agrupament­o, enquanto os segundos disputam um playoff a duas mãos, entre si, para apurar o derradeiro promovido. E candidatos não faltam, de norte a sul.

A norte, o Lourosa já protagoniz­ava investimen­tos fortes no CdP e manteve a toada. No entanto, da II Liga caiu a Oliveirens­e e ainda há a ter em contas as equipas B de V. Gumarães e Fafe, ou o Anadia, que vem de uma boa temporada. Numa linha atrás parecem estar Sanjoanens­e, São João de Ver, Fafe e Canelas.

A sul, os candidatos parecem ser ainda mais. Alverca, U. Leiria e Torreense apresentam-se como sendo alguns dos emblemas que mais apostaram na promoção. O Cova da Piedade desceu, porém teve que refazer todo o plantel. O V. Setúbal é um histórico, todavia ainda condiciona­do pelas dívidas do passado e o Sporting B pode surpreende­r pela juventude.

Nota, ainda, para o facto de Sandra Bastos ser a árbitra do primeiro encontro da Liga 3.

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