O Jogo

JOVANE EM FUGA A NUNO SANTOS

Extremo nascido em Cabo Verde tem sido um dos jogadores mais influentes da equipa nesta fase inicial da época

- RODRIGO CORTEZ

“O Nuno é um transporta­dor, é de ir à linha e cruzar. O Jovane é mais de aparecer no espaço e ir para cima”

Augusto Inácio Treinador do Sporting entre 1999 e 2000

Apenas Pedro Gonçalves participou diretament­e em mais golos do que o extremo-esquerdo, que marcou ao Braga para a Supertaça e, para a liga, concretizo­u e assistiu com os arsenalist­as

••• A parde Pedro Gonçalves, Jovane Cabral tem sido um dos jogadores mais influentes do Sporting neste início de temporada. Com dois golos e uma assistênci­a, participou diretament­e em três tentos, apenas menos um do que Pote, a joia da coroa leonina. E se Jovane está a ser recompensa­do pelo treinador com minutos de jogo, Nuno Santos tem sido o sacrificad­o, ainda sem qualquer presença esta época no onze titular leonino.

Para tentar perceber o que os leões ganham ou perdem com um ou com outro destes dois jogadores, O JOGO falou com o treinador Augusto Inácio. “O Nuno Santos é um transporta­dor. Um jogador de ir à linha e cruzar. Já o Jovane dá outro tipo de soluções. Não é um jogador vertical, é mais de aparecer no espaço e de ir para cima”, comenta o treinador que levou o Sporting ao título nacional na época de 1999/2000. Inácio, no entanto, recusa-se a escolher um preferido: “Depende muito do que o treinador queira dele. E também do sistema de jogo. Mas este sistema que o Sporting utiliza agora [3-4-3] encaixa como uma luva nas suas caracterís­ticas.”

Inácio lamenta apenas um pormenor em relação ao extremo nascido em Cabo Verde há 23 anos: as lesões que o têm apoquentad­o. “O Jovane já andava a prometer há muito tempo, mas tem sido atrapalhad­o por algumas lesões. Esperemos que esta época consiga jogar assiduamen­te”, expressou o treinador, convidado depois a comentar a situação contratual do avançado, com vínculo até junho de 2023. “Se eu neste momento fosse dirigente do Sporting, tentaria renovar com ele por mais duas épocas. Caso ele não renove, o Sporting, para o vender bem, tem que ser este ano. Para a próxima época, à entrada do último ano de contrato, já terá que o vender muito mais barato.”

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