Virgínia teve escola de elite
Alvo dos leões cruzou-se com Cech, Pickford, Ospina, Olsen, Martínez e Stekelenburg // Granada blinda Max com cláusula de 25 M€ // Sporar a caminho do Championship
Internacional português nas camadas jovens, o guardião que assina esta semana com os leões cresceu durante três épocas no Arsenal e outras três no Everton, com curta passagem pelo Reading
O Sporting vai reforçarse com um guarda-redes sem medo. Mesmo em lances que possam parecer arriscados, João Virgínia atira-se à bola sem ponta de receios. Quem o diz é Rui de Paiva, treinador de guarda-redes que já passou em clubes como Dundee United ou Olhanense. “João Virgínia revela fortes níveis de coragem. É destemido, nomeadamente na saída a punhos no jogo aéreo”, afirma Paiva, convidado por O JOGO a analisar o guardião que vai concorrer com Adán na baliza leonina.
Um guarda-redes que tem como particularidade o facto de ter trabalhado com alguns dos melhores do mundo no Arsenal e no Everton, como Cech, Pickford, Ospina, Olsen, Martínez e Steklenburg (ver noticiário ao lado). “Ao trabalhar com grandes guarda-redes, enriqueceu as suas qualidades no posicionamento e nas saídas. São características que evoluem com a observação dos melhores. Por certo absorveu muito do que viu. E ainda por cima são guardaredes de escolas muito diferentes umas de outras, cada qual com as suas características próprias”, comenta Luís Matos, antigo guardaredes de FC Porto, Sporting e Boavista, agora adjunto na equipa técnica do treinador Sérgio Vieira.
“É tranquilo, elegante e com boas mãos. Tem bom posicionamento, sabe controlar o espaço nas costas da defesa e é forte no um contra um”, defende ainda Matos, comentando depois as qualidades de Virgínia nos centros e nos pontapés de baliza: “Nos cruzamentos é um guardião que habitualmente só sai pelo seguro. Quanto aos pontapés de baliza, bate
os de forma direcionada.”
Voltando a Rui de Paiva, o provável reforço leonino tem qualidades na leitura de jogo que lhe permitem estar no sítio certo à hora certa. “É posicional, com bom controlo de profundidade, jogando no espaço em função da defesa. Também me parece excelente no deslocamento para encurtamentos do adversário, mostrando competência para ligar o jogo com os colegas, percebendo e lendo o jogo em função da desvantagem numérica adversária.” De Paiva elogia ainda a “excelente linguagem corporal”, apontando a “personalidade mais introvertida” como ponto passível de melhorar.