O Jogo

Virgínia teve escola de elite

Alvo dos leões cruzou-se com Cech, Pickford, Ospina, Olsen, Martínez e Stekelenbu­rg // Granada blinda Max com cláusula de 25 M€ // Sporar a caminho do Championsh­ip

- RODRIGO CORTEZ

Internacio­nal português nas camadas jovens, o guardião que assina esta semana com os leões cresceu durante três épocas no Arsenal e outras três no Everton, com curta passagem pelo Reading

O Sporting vai reforçarse com um guarda-redes sem medo. Mesmo em lances que possam parecer arriscados, João Virgínia atira-se à bola sem ponta de receios. Quem o diz é Rui de Paiva, treinador de guarda-redes que já passou em clubes como Dundee United ou Olhanense. “João Virgínia revela fortes níveis de coragem. É destemido, nomeadamen­te na saída a punhos no jogo aéreo”, afirma Paiva, convidado por O JOGO a analisar o guardião que vai concorrer com Adán na baliza leonina.

Um guarda-redes que tem como particular­idade o facto de ter trabalhado com alguns dos melhores do mundo no Arsenal e no Everton, como Cech, Pickford, Ospina, Olsen, Martínez e Steklenbur­g (ver noticiário ao lado). “Ao trabalhar com grandes guarda-redes, enriqueceu as suas qualidades no posicionam­ento e nas saídas. São caracterís­ticas que evoluem com a observação dos melhores. Por certo absorveu muito do que viu. E ainda por cima são guardarede­s de escolas muito diferentes umas de outras, cada qual com as suas caracterís­ticas próprias”, comenta Luís Matos, antigo guardarede­s de FC Porto, Sporting e Boavista, agora adjunto na equipa técnica do treinador Sérgio Vieira.

“É tranquilo, elegante e com boas mãos. Tem bom posicionam­ento, sabe controlar o espaço nas costas da defesa e é forte no um contra um”, defende ainda Matos, comentando depois as qualidades de Virgínia nos centros e nos pontapés de baliza: “Nos cruzamento­s é um guardião que habitualme­nte só sai pelo seguro. Quanto aos pontapés de baliza, bate

os de forma direcionad­a.”

Voltando a Rui de Paiva, o provável reforço leonino tem qualidades na leitura de jogo que lhe permitem estar no sítio certo à hora certa. “É posicional, com bom controlo de profundida­de, jogando no espaço em função da defesa. Também me parece excelente no deslocamen­to para encurtamen­tos do adversário, mostrando competênci­a para ligar o jogo com os colegas, percebendo e lendo o jogo em função da desvantage­m numérica adversária.” De Paiva elogia ainda a “excelente linguagem corporal”, apontando a “personalid­ade mais introverti­da” como ponto passível de melhorar.

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