Boavista-P. Ferreira 3-0 Belenenses-Marítimo 1-2
Liquidada a dívida que impedia a inscrição de jogadores, João Pedro Sousa surpreendeu o Paços de Ferreira entre jogos europeus
Velocidade a atacar, coesão a defender e alegria no jogo deram ao Boavista a primeira vitória na Liga Bwin à custa de uma imagem pálida do Paços de Ferreira
O Boavista chegou ao campeonato com uma jornada de atraso e atropelou o Paços de Ferreira com uma exibição sólida que a equipa de Jorge Simão, entre eliminatórias da Conference League, não soube imitar e dá ao Tottenham, que depois de amanhã visita a Mata Real, uma dimensão preocupante, devido às lacunas que o xadrez destapou.
A história começou a escrever-se com um golo de Yusupha, num lance que teve mão de Sebastián Pérez, antes de o avançado ganhar a Fernando Fonseca e surpreender André Ferreira. Os visitantes protestaram e com razão, porque o golo foi precedido de falta, no entanto, nos 70 minutos que se seguiram não conseguiram superar a defesa a três, os flancos bem tapados e um meio-campo brigão e fresco, com Sebastián Pérez e Makouta. Jorge Simão não poupou, mas, desta vez, a equipa não soube estender-se pelo relvado todo: Antunes e Marco Baixinho, nos lances de bola parada, foram quem mais a aproximou do golo, antes de, aos 62 minutos, um canto de Gustavo para o cabeceamento fácil de Javi García matar o jogo. O treinador que já teve o Bessa como casa trocou de imediato o trio da frente, mas isso só deu ao Boavista um sinal para avançar, e foi o que fez: Yusupha isolou-se e ofereceu o golo a Gustavo Sauer, que atirou por cima, e De Santis não desperdiçou quando um passe de Nathan o deixou na linha de fundo para um remate que André Ferreira deixou passar. O guarda-redes terá ficado a rezar para o VAR invalidar um lance tão infeliz, mas o que ficou foi mesmo o 3-0, pesado para quem tem agora o Tottenham, da Premier League, e de Nuno Espírito Santo pela frente e dois dias para recuperar a chama que exibiu nos últimos minutos e fez brilhar Bracali, já com tudo perdido.