O Jogo

Erros numa casa estranha

Marítimo estruturou bem a equipa e saiu vitorioso da visita a Leiria, casa emprestada do Belenenses, que reagiu aos dois golos de rajada mas não conseguiu pontuar

- ELISABETE CRUZ

Num jogo aberto, a diferença acabou por estar nos erros. Garra e concentraç­ão foram determinan­tes no jogo do Marítimo, que não encontrou um adversário fácil pela frente

A jogar na cidade do Lis, o Belenenses recebeu o Marítimo com um sistema idêntico ao do seu adversário. Ambos apostaram num onze com três centrais, mas a equipa visitante mostrou-se mais atrevida, colocando três homens na frente e pressionan­do o adversário logo à saída do meiocampo. A pressão alta dos madeirense­s acabou por resultar nos primeiros 15 minutos, com dois golos sem resposta. André Vidigal inaugurou o marcador após receber a bola no meio campo dos lisboetas e arrancou como uma seta, não dando hipóteses aos adversário­s. Três minutos depois, Alipour respondeu da melhor forma a um passe de Xadas e num remate cruzado aumentou a vantagem.A entrada de rompante do Marítimo não abalou os comandados de Petit, que reagiram de imediato. Foi preciso um jogo de persistênc­ia e paciência para chegar ao almejado golo, que só chegou em cima dos 45 minutos, não sem antes os lisboetas passarem por alguns calafrios, já que perto do intervalo uma combinação entre Xada e Alipour só não resultou em golo porque Tomás Ribeiro cortou em cima da hora.

Sobre os 45 minutos, Ndour relançou o jogo e equilibrou os acontecime­ntos para a segunda parte. O Marítimo manteve-se muito organizado e foi fechando as linhas de passe ao Belenenses, que nunca desistiu de chegar ao empate. A vencer, os homens do Funchal tiveram discernime­nto para controlar a partida, embora muitas vezes tenham recorrido à falta para travar o adversário. A diferença acabou por estar no menor número de erros cometidos. No último lance, o Belenenses tentou tudo e até fez subir o guarda-redes, mas apesar da grande entrega não conseguiu pontuar na casa emprestada, enquanto o Marítimo quebrou a série de dois jogos sem vencer no terreno dos lisboetas.

“Cometemos erros infantis. O plantel está curto, precisamos de mais experiênci­a e de jogadores que venham acrescenta­r qualidade”

Petit

Treinador do Belenenses “Estou muito feliz. Fomos dominadore­s do início ao fim, muito intensos, compactos e solidários. O resultado fica curto. Merecemos os três pontos”

Julio Velázquez

Treinador do Marítimo

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Lance acrobático de Victor Costa surpreende o belenense Diogo Calila

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