“Vi-os ao fundo e foi incrível!”
Buzina do carro e colegas de braços no ar “disseram” a Amaro que tinha ganho. A festa foi um libertar de tensões
Algarvio já foi desafiado a ganhar uma terceira Volta, mas por enquanto quer festejar esta, que teve “adversários à altura e foi uma grande corrida”. De tal forma que confessa: “No final descarreguei tudo”
Amaro Antunes elogia o rival Mauricio Moreira, mas mais do que repisar a queda que afetou o corredor da Efapel preferiu falar dos colegas. E de mais francesinhas... No contrarrelógio de Viseu fez melhor 59 segundos do que em 2017, mas isso podia não ter chegado. Era possível melhorar mais? —Arranquei a dar tudo e cheguei no limite. Tinha indicações para poder gerir o tempo. Tínhamos várias pessoas em pontos intermédios, mas na realidade foi umcontr ar relógio de muito sofrimento. Foi sempre a dar tudo e chegar exausto. M assinto-me realizado, foi um dia perfeito, o da consagração. Tenho de agradecer aos meus colegas. Fui eu a vestir de amarelo, mas camisola teve o esforço de todos. A forma emotiva como festejamos foi para libertar a tensão que existia, pois trabalhamos e demos tudo na estrada para chegar aquela vitória. Em que momento lhe disseram que tinha ganho a Volta?
—A uns 500 metros do fim. Depois de passar o túnel e entrar na reta da meta, com o carro a apitar atrás de mim e a ver os meus colegas a levantarem os braços lá ao fundo... Foi um momento incrível, emotivo. As forças já não eram muitas. Foi das etapas em que terminei com maio remoção, descarregueitudo. Inesquecível! Recordareis empreestecontr ar relógio... O luta dada pelo Mauricio Moreira foi uma surpresa? —Era um atleta que tinha andado muito bem ao longo da época. Sabíamos o que podia fazer por algumas corridas anteriores. É ainda jovem e será um atleta para dar cartas. A rivalidade da Efapel tornou a corrida mais interessante? —A Volta foi muito disputada, do primeiro ao último dia. Uma corrida com muitas marcações e os adversários estiveram à altura. Foi uma grande corrida, um espetáculo de Volta a Portugal. Vai fazer o Grande Prémio JN ou acabou a época? —Agora vou descansar, que bem preciso. Sinto-me cansado e preciso de relaxar com uns dias de praia. Depois veremos se vou correr ao “JN”. Ao comer duas francesinhas seguidas, não pensou em mais corridas... —As francesinhas são uma tradição. O desafio agora é ganhar a terceira para comer três francesinhas! Isto são coisas que nos motivam, é positivo. Olho para estes momentos e penso que daqui a uns anos a minha filha poderá dizer que o pai venceu ‘N’ Voltas a Portugal. Já está, nitidamente, a pensar na terceira... —Agora é tempo de recuperar e festejar esta, que ainda não o fiz a 100%. Tenho de assimilar o que se passou. Vou desfrutar e só depois pensarei no que virá mais. Importante é estar aqui a festejar, seja por mim ou por outro colega.
“Tínhamos pessoas a verificar os tempos, mas a verdade é que foi um contrarrelógio a dar tudo” “Olho para estes momentos e penso que a minha filha dirá um dia que o pai ganhou ‘N’ Voltas a Portugal”
Amaro Antunes
W52-FC Porto