Tabata preferiu treinos a Tóquio
Extremo diz ter escolhido fazer a pré-época no Algarve e não foi aos Jogos Olímpicos para se afirmar
“O nosso plantel é muito bom. É estranho, aqui não há grupinhos”
Bruno Tabata
Extremo do Sporting
Criativo ponderou como iria o Sporting reagir a uma eventual ida à competição olímpica depois de ter estado dez semanas lesionado. Vinca o bom ambiente e o olho de Amorim para o manter
Bruno Tabata esteve na lista da seleção do Brasil durante vários jogos de preparação e a oportunidade de ir aos Jogos Olímpicos foi real, mas revela ter deixado cair a hipótese Tóquio pelo Sporting. “Fiz a qualificação, mas não fazia sentido trocar a pré-época pelos Jogos Olímpicos. Ainda se eu tivesse terminado a época a 100% se calhar queria ir. O Brasil até ganhou a medalha de ouro e fiquei muito feliz por eles. No entanto, estive 10 semanas lesionado e podia não jogar, por isso fazia mais sentido participar na pré-época e ganhar a Supertaça. Queria afirmar-me no Sporting. O que ia pensar o Sporting se eu tivesse ido? Não quis prejudicar-me”, revela o extremo ao podcast “ADN de Leão.”
Entre picardias e brincadeiras, Tabata lembra a “resmunguice” de Nuno Santos e o “forreta João Palhinha que desliga consolas por 20 euros”, e vinca o bom ambiente e a forma de Rúben Amorim elaborar o plantel: “Isso surpreendeu-me muito. Onde eu tinha passado, havia alguns atletas que não gostavam uns dos outros. O nosso grupo é muito bom. Todos falam na mesma língua. Os que chegam parece que estão aqui há muito. Também me senti logo em casa, como se estivesse há anos no Sporting. É estranho, mas aqui não há grupinhos. Estamos todos para ajudar o Sporting a ganhar e quem não joga não fica cabisbaixo. Nunca passei por isto antes. Às vezes nem na seleção isto acontece. O míster Amorim soube muito bem avaliar o grupo, teve olho para perceber quem se integrava bem.” Aos 24 anos, o extremo diz-se feliz em Portugal e já trata dos papéis para a dupla nacionalidade, focando-se em ter chances no leão.