Águia enfrenta primeiro teste de fogo
O PSV vai colocar problemas que o Benfica ainda não teve de enfrentar esta temporada. Se os ultrapassarem, os encarnados podem sair reforçados de um mês de agosto exigente
O bom arranque de temporada do Benfica é submetido hoje ao seu primeiro teste de fogo. As quatro vitórias - com oito golos marcados e apenas um sofrido - dos encarnados são o reflexo de uma equipa mais confortável na respetiva pele, mais equilibrada desde que João Mário assumiu o meio-campo e mais estável em termos defensivos, um dos calcanhares de Aquiles responsável pelos sucessivos tropeções que marcaram a última temporada. Mas também refletem a relativa fragilidade dos adversários enfrentados até ao momento e a proteção oferecida pelo calendário interno às equipas que disputam as fases de qualificação para as competições europeias. Há um ano, descontando a eliminação frente ao PAOK, os encarnados também engataram uma sequência de sete vitórias consecutivas no arranque. Os problemas só começaram quando o calendário apertou, em novembro, e o esforço de um início de temporada prematuro começou a cobrar juros. Portanto, é cedo para tirar conclusões, mas o jogo desta noite, frente ao PSV, é um bom teste à dimensão que este Benfica pode ter mais adiante. Os neerlandeses são o adversário mais forte que os encarnados enfrentam este mês. O excelente arranque de temporada da equipa treinada por Roger Schmidt – seis vitórias, 17 golos marcados e apenas dois sofridos – promete colocar desafios que as águias ainda não tiveram de enfrentar, desde logo na defesa. Se os conseguir ultrapassar, para além dos quase 40 milhões de euros e de toda a tranquilidade que essa injeção de liquidez significará para o clube, o Benfica poderá ganhar o balanço que lhe faltou há um ano para corresponder às expectativas criadas.