“Vamos estar bem”
Rúben Amorim cheio de confiança contra um adversário que foi bem difícil em 2020/21
Treinador admite complicações de mercado: “Não temos certezas”
Ndour, Cassierra e Afonso Sousa foram os três jogadores destacados pelo treinador leonino numa partida em que volta a contar com todos os elementos do plantel a cem por cento
Rúben Amorim tem o adversário bem estudado e adverte para a qualidade de Ndour, avançado contratado esta época pelos azuis.
O que mudou na equipa adversária da época passada para esta?
—Conhecemos bem o Belenenses e o treinador do Belenenses também nos conhece bem a nós. É uma equipa que mudou um pouco esta época e que joga com dois avançados e três médios, mais num 3-5-2. Tem um Ndour que não tinha na época passada e que é um jogador muito forte no espaço, muito alto, com técnica e muito perigoso em qualquer bola batida na frente. Temos que ter cuidado com isso. O Cassierra também continua muito forte entre linhas. Não é tão vertical como o Ndour e nesse sentido as características dos dois avançados mudaram. Depois há o Afonso Sousa, que jogava na frente muitas das vezes, mas agora baixou, para jogar mais como terceiro médio, o que por vezes já acontecia. Do Belenenses é ele o jogador, acho eu, que é melhor a jogar entre linhas.
Mas saíram alguns jogadores, entraram outros e nós temos que ser fortes.
Na época passada o Sporting sentiu muitas dificuldades, principalmente em casa. Espera de novo um jogo difícil?
—A nossa grande preocupação é a nossa equipa. Vamos estar bem, porque estamos numa boa fase, sabendo que o Belenenses sempre nos causou muitos problemas. Nós ganhámos o jogo no Jamor injustamente, porque o Belenenses foi melhor do que nós nesse jogo. Em Alvalade foi completamente diferente, apesar do 2-2 nós fomos claramente superiores. Agora queremos voltar a ser superiores e ter o melhor resultado.
Que análise faz do João Virgínia?
—É um excelente guarda-redes, mas ainda não é do Sporting. É um jovem com futuro e não posso dizer mais do que isso.
Tendo em conta as presenças de André Paulo e de Diego Callai no plantel, o João Virgínia, que vem por empréstimo, pode ser aposta de futuro, tendo em conta que os outros dois são muito jovens?
—O Virgínia é um guarda-redes jovem com muita qualidade. Nós temos mais dois jovens. O André, que veio para ser o nosso terceiro guarda-redes e eu já conhecia, com muita qualidade. O
Callai é um grande talento, mas tem 16 anos e precisa de tempo. Não vamos meter essa pressão nele, porque é muito jovem. Vamos ver o que acontece.
Tem receio da reação da equipa num jogo com adeptos?
—Eles já estão habituados. Já tivemos três jogos com adeptos, o último dos quais num campo difícil, com barulho. E nós respondemos da melhor forma, com menos um no fim, a sofrer pressão de um adversário com qualidade. Acho que não vão ter qualquer tipo de problema neste jogo.
Com o plantel na máxima força, tem sido difícil gerir o balneário?
—Tem sido fácil. É mais difícil ao treinador deixar alguém de fora quando eles têm tanta qualidade e trabalham muito bem. Eles sabem que, mais do que o jogo que passou, existe o próximo jogo e as características que são precisas para esse jogo. E depois há também a semana de treinos. A semana é muito determinante, eles sabem disso e portanto, para nós torna-se mais fácil. A mim custa-me mais deixar alguns jogadores de fora, porque trabalham tão bem como os outros e às vezes não são opções. Todos estão preparados, mas não tem sido difícil, vamos ver. Há jogos para todos e depende mais deles do que do treinador.
RÚBEN AMORIM DIZ
“Ndour é muito alto, muito forte no espaço, com técnica e muito perigoso em qualquer bola batida na frente. Temos que ter cuidado com esse pormenor”
“Afonso Sousa é o melhor a jogar entre linhas”
“Há rumores do Jovane, Palhinha Matheus, Nuno Mendes, Pote. Não há certezas de nada. Vamos ver”
“Vamos ficar com dois avançados: o Paulinho e o Tiago Tomás. Em caso de emergência, outros podem passar no lugar”
“Ter o plantel todo aumenta a intensidade”