O Jogo

Algarvios atropelam beirões

Beto, Boa Morte e Candé fizeram os golos

- HUGO SOUSA

Uma perda de bola primeiro e um penálti depois deixaram o Portimonen­se confortáve­l no jogo, com dois golos de rajada. O terceiro, já na parte final, foi obra de arte de Candé

••• Três remates, dois golos e ainda uma defesa vistosa de Niasse. O Portimonen­se dificilmen­te podia esperar melhor resumo de uma primeira parte poupadinha em lances de perigo ou em futebol avassalado­r (também por culpa do árbitro, com faltas e cartões a despropósi­to...), mas a dar corpo a um ascendente dos algarvios na etapa final desse período. E dar corpo é uma expressão feliz no caso, porque parte do segredo para essa superiorid­ade do Portimonen­se esteve num duelo de musculatur­a pelo meio que lhe foi amplamente favorável: de umlado pesos-pesados, com Willyan ao comando, um auxílio à altura de Lucas Fernandes e, sobretudo, Carlinhos, aposta bem sucedida de Paulo Sérgio no onze; do outro, a leveza de Rafael Barbosa, Tiago Dantas e até João Pedro, embora este mais tarimbado para os duelos.

O físico não explica tudo, às vezes nem sequer explica nada, mas aqui, depois de uns fogachos iniciais em que o Tondela parecia querer mandar no jogo, valeu aos visitantes um cresciment­o que começou a ser evidente e acabou numa vantagem confortáve­l ao intervalo.

Beto marcou o primeiro, com uma defesa tondelense à espera de uma irregulari­dade imaginária: apanhada em contragolp­e após perda de bola compromete­dora, permitiu ao avançado dominar de peito ef aturar. Sete minutos depois, a mão de João Pedro desviou um canto e valeu um penálti (depois de VAR e árbitro terem analisado o lance) que Aylton não desperdiço­u.

O Tondela acusou o peso do castigo, voltou a tentar pegar no jogo na segunda parte, mas ficou sempre a sensação de ter sido um domínio consentido e foi inconseque­nte. Pako Ayestarán tentou estimular a reação a partir do banco, mas sem sucesso. Paulo Sérgio foi também gerindo o esforço, mas já não era uma questão de músculo. Foi com arte que o Portimonen­se fechou a goleada: Fali Candé deu espetáculo num livre, assinando um golo soberbo.

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Fali Candé, aqui em disputa com Jhon Murillo, marcou um golo soberbo

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